Os meus Ciclideos Anões


ruibmw

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Aqui vai então a 2ª parte referente aos Dicrossus Filamentosus.

 

O aparato:

 

Relativamente aos Dicrossus, tenho na minha pequena fishroom três aquários a eles dedicados (monoespécie). Dois com 60 cm (54 litros). E outro com 60 litros. Em dois aquários tenho trios reprodutores e noutro uma criação.

Estão, como de resto é suposto ser, em grande parte dos habitats dos Dicrossus (há excepções), muito pouco plantados, uma criptocorine aqui e ali, mais nada.

 

À semelhança dos aquários dos Trifasciata (vêr parte I), a água que uso tem durezas próximas de zero e o Ph à volta dos 5,5. Portanto, água ácida e muito mole.

Também neste caso, com excepção de um dos aquários que é um juwel, os filtros são home made. Umas cantoneiras coladas ao vidro, uma esponja de ponta a ponta de forma a criar um espaço interior fechado, no qual coloquei uma bomba de baixo débito (a fazer passar a água pela esponja de forma lenta) e muito substrat-pro e muita turfa.

A turfa é importante para o sucesso da criação desta espécie. Por um lado vai mimetizar o seu biótipo original e vai fornecer à água um vasto conjunto de oligoelemntos importantes. É também a responsável pela não existência de vegetação, pois a água torna-se num chá.

 

As TPA's eram semanais com cerca de 10%.

De há dois meses para cá, têm sido .... quando há tempo.

 

Actualmente tenho, como disse, dois trios reprodutores em dois aquários. Mas até ao fim de semana passado, tinha num dos aquários mais um macho beta (daqueles que mimetizam as fêmeas para passar despercebidos) e 5 juvenis. Esse macho beta e os 5 juvenis já os mudei para um comunitário. No segundo aquário tenho um trio reprodutor (com um macho alfa lindíssimo) e uns poucos (não sei quantos) juvenis.

O juwel é que não está como os aquários dos reprodutores. Só tem a mesma água. Não tem turfa e tem algumas plantas. Neste momento está com 10 juvenis que aliás já têm destino.

Da mesma forma que aconteceu com os Apistos, quando tinha tempo, separava as crias dos adultos e tentava torna-las viáveis. Mas agora não tenho hipótese, e deixo sobreviver os mais aptos, ou os que têm mais sorte.

 

As fotos :

 

Comecemos pelos macho alfa :

 

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Um juvenil no aquário de 60 litros. Este rapazinho é bastante novo mesmo :

 

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O juwel :

 

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Finalmente o comunitário de 200 litros, que já tem o macho beta e 5 juvenis, mas que é para onde vou transferir todos os outros.

Reparem a diferença que vai do macho beta para os dois alfas. E são da mesma idade :

 

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Enfim, mais uma vez foi uma bela aventura. Mas acabou.

 

Quando tiver tempo, falo-vos aqui (no sub-fórum dos peixes gato), com fotos, das minha reproduções de coridoras Panda, Habrosus e Pigmeus. E quando houver novidades, das minhas Pekoltias Tocantins.

 

Um abraço,

Rui

Editado por ruibmw
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Estou sem palavras......

Muito bom topico, excelente a maneira como descreves-te a tua experiencia com os Dicrossus.

E este tipo de topico que fara com que cada vez mais haja procura e interesse nos Anoes Sul-Americanos.

Isto sem mencionar a beleza da especie e o seu fantastico comportamento.

 

Parabens.

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Obrigado.

 

Acreditem, que para ter esta espécie assim deslumbrante (sim, aqueles peixes estão deslumbrantes) e a reproduzir, foi resultado de muita dedicação, despesa, empenho e sei lá que mais.

Os aquários, não estão própriamente bonitos, alguns têm algumas (bastantes) algas. Mas o objectivo principal não era a beleza e o aspecto, mas sim reproduzir da forma mais fiel possível o habitat deles.

Quando comecei com os Dicrossus (e de resto, práticamente o mesmo pautou nas restantes espécies que tenho na fishroom), estudei um pouco a espécie e decorrente disso a minha aposta fundamental foi sobretudo na qualidade da água. Tentei várias águas até conseguir a melhor água, a água cujos parâmetros respondiam à exigência da espécie.

Por outro lado, esta espécie vive maioritáriamente nos rios de águas negras, ou seja, na parte da bacia amazónica de águas com enormes cargas orgânicas provenientes não só dos sedimentos mas também (e para o caso, sobretudo) das matérias vegetais (trocos e folhas) em decomposição. Essas matérias enriquecem a água com taninos e outros oligoelementos importantes para a vida das espécies pisciculas desses rios. É o seu habitat. Daí eu ter colocado a tónica na qualidade e parâmetros da água.

Não me preocupei tanto com a alimentação. Claro que alimentava-os com alguma frequência com comida congelada e cheguei a mandar vir da Alemanha comida só para anões amazónicos, comida para os alevins, etc.. Mas não estive com culturas de comida viva, nem sequer artémia. Claro também que se o fizesse teria tido taxas de sucesso superior. Mas isto não era nenhuma produção industrial, era só uma questão de prazer e "teimosia"

 

Relativamente às fotos, tenho pena que a qualidade das fotografias deixem bastante a desejar. Nunca consegui tirar fotos decentes aos aquários. No tópico da Parte I referente aos Trifasciatas as fotos conseguem ainda estar mais horríveis que estas aqui. E por acaso lamento isso, porque, se eu tivesse jeito para a lavoura, podia mostrar aqui imagens lindissimas.

E outra coisa : só agora reparei que não tenho aqui fotos das fêmeas. Se eu tiver tempo, logo ou amanhã vou tentar colocar aqui pelo menos uma.

 

Um abraço,

Rui

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Faço minhas as palavras do Vasconcelos, sublinhando que esta não é uma espécie fácil de criação em cativeiro. A pequena dimensão dos alevins e a exigência com os parâmetros da água são obstáculos ao comum aquariofilista que não faz investigação.

 

Mais uma vez, os meus parabéns pelo sucesso com a espécie e pelo tópico.

Cumprimentos

 

Ricardo Fonseca (APC #5 APK #272)

http://aquaraf.blogspot.com

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