Atyaephyra desmaresti - os ovos eclodiram


AlbCab

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Os ovos de uma das minhas fêmeas de Atyaephyra desmaresti finalmente eclodiram.

 

Penso que tudo de passou durante a noite, pois hoje de manhã já não tinha nenhum ovo no abdomen.

 

Antes, estava assim:

 

gallery_32985_1455_231864.jpg

 

 

As larvas são muito pequenas, estão tipicamente de cabeça para baixo (será uma questão da parte do corpo que é mais pesada ?), nadam e têm reflexos (por exemplo fogem do tubo com que as estou a sifonar!).

 

gallery_32985_1455_24573.jpg

 

Dificeis de fotografar, pois têm menos de 1 mm. Aqui está uma, com uma fêmea de red cherry atrás para fazer de escala. Ainda não pude ver se são ou não atraídas pela luz.

 

gallery_32985_1455_58239.jpg

 

O que tenciono fazer (baseei-me em artigos de outro camarão que passa por estágios larvares, a Caridina japonica):

 

- vou deixar cerca de metade das larvas no aquário onde a mãe estava, que só tem Atyaephyras e red cherrys. Este aqua tem muita vegetação, mas um filtro de mochila, com a entrada protegida por esponja. A iluminação está em 12 horas.

 

- vou colocar a outra metade num aqua separado, sem filtro de mochila, só com 2 pedras de ar com caudal reduzido - médio, muito musgo de java e alguma ricia. A iluminação vai estar em 24 horas.

 

A passagem de um para o outro vai ser feita por sifonagem com tubo plástico.

 

Quanto a alimentação, estou a usar micro-quantidades de levedura de cerveja em pó e alimento em flocos para recém nascidos. Amanhã vou tentar acrescentar micro-algas.

 

Tenho uma cultura de protozoários a partir de sementes de arroz, mas confesso que tenho um certo receio de os usar !

 

Não vou dar artémias, pois mesmo poucos dias depois de eclodirem ficam maiores do que as larvas !

 

 

Agradeço todos os comentários e ajudas, especialmente daqueles que já tiveram sucesso na reprodução.

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Olá!

Parabéns!

 

Só sei o que vem nos artigos sobre caridina japonica. Uma comida que dizem que é boa ao princípio é o liquizell da HOBBY.

 

Cumps,

João

 

Penso que é uma boa ideia, obg. Vou por uns pingos 2 vezes ao dia.

 

Cumps

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QUE ESPECTACULO!!!!

 

Deve ter sido dificil tirar as fotos, um dos meus hobies.

 

Nunca tive um "bichinhos" desses, por causa deste post, sobre tudo pelas fotos, estou sériamente a pensar em comprar uns camarões.

 

parabens

 

abraço

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ja agora ...

quais os parametros da agua ?

quanto tempo desde que ela ficou ovada ate eclodirem ?

obrigado !

 

PH 7,5 (água de Oeiras)

Temp 26 º

NO2 < 0,3

 

Apanhei-a já ovada a 4 de Maio na Ribeira do Divor e os ovos eclodiram a 14 de Maio.

 

Entretanto, hoje já não sei das larvas ... fixaram-se, ou morreram (no aqua separado) ou fixaram-se, esconderam-se, morreram ou foram comidas pelos pais (no aqua onde a mãe estava) ?

 

Curioso é que a mãe parece estar a gerar novos ovos, ou será impressão minha ?

 

gallery_32985_1455_216442.jpg

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nunca vi os camaroes comerem a descendencia. se morreram deve ser mais provavel falta de condiçoes ou de alimento ...

" Aquele que te entretém com os defeitos dos outros, entretém os outros com os teus. "

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Não sei porquê estava convencido que seriam larvas bentónicas .... e andava à procura delas pelo fundo ou junto às plantas.

 

Acontece que confirmei num trabalho que são larvas planctónicas, ou seja, andam à superfície !

 

E cá estão elas:

 

 

gallery_32985_1455_79398.jpg

 

 

Resultado: não adianta dar alimentação de fundo. Dar "plancton" - protozoários, infusórios, algas etc.

 

Também li que, na natureza (temperaturas até 20 graus) o estado larvar demora cerca de 1 mês. A partir daí passam a ser camarões em miniatura ...

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alimenta-as em fartura.

eu mudei a minha femea ovada para um aqua com agua verde onde crio dafnias, como fiz o ano passado , vamos ver se corre bem ...

" Aquele que te entretém com os defeitos dos outros, entretém os outros com os teus. "

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  • 1 mês depois...

Bem, a coisa não está fácil ... as larvas aguentam cerca de 1 semana, morrendo depois numa noite !

 

Já me aconteceu o mesmo com 3 fêmeas em alturas diferentes, a seguir umas às outras, variando as TPAs e a comida !

 

A temperatura mantem-se em 24-25 graus (sem aquecimento), aeração média por pedra, musgo e ceratophilum demersum.

 

Na próxima, vou cortar a aeração !

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Boas AlbCab, espero que não haja problema em colocar aqui isto...

 

138786_1_1.jpg

 

Acontece que encontrei esta fêmea (que penso tratar-se de Atyaephyra desmaresti) a passear pelo fundo do rio aqui na praia fluvial em coimbra (rio Mondego). Assim que a apanhei apercebi-me imediatamente de que carregava ovos.

Trouxe-a para casa e preparei um aqua só para ela. Tem apenas 20 litros, a temperatura é a ambiente (entre os 22 e os 26 ºC), o substrato é areia que trouxe do local onde a encontrei, adicionei um pouco de musgo de java e tenho também um garrafão de 5 litros com água de um lago que lá estava (trouxe-o por conter muitas dáfnias, outros invertebrados e microalgas).

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Boas AlbCab, espero que não haja problema em colocar aqui isto...

 

138786_1_1.jpg

 

Acontece que encontrei esta fêmea (que penso tratar-se de Atyaephyra desmaresti) a passear pelo fundo do rio aqui na praia fluvial em coimbra (rio Mondego). Assim que a apanhei apercebi-me imediatamente de que carregava ovos.

 

 

Trouxe-a para casa e preparei um aqua só para ela. Tem apenas 20 litros, a temperatura é a ambiente (entre os 22 e os 26 ºC), o substrato é areia que trouxe do local onde a encontrei, adicionei um pouco de musgo de java e tenho também um garrafão de 5 litros com água de um lago que lá estava (trouxe-o por conter muitas dáfnias, outros invertebrados e microalgas).

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Boas AlbCab, espero que não haja problema em colocar aqui isto, mas talvez me possas dar umas dicas.

 

138827_1_1.jpg

 

Acontece que encontrei esta fêmea (que penso tratar-se de Atyaephyra desmaresti) a passear pelo fundo do rio aqui na praia fluvial em coimbra (rio Mondego). Assim que a apanhei apercebi-me imediatamente de que carregava ovos.

 

138799_3_3.jpg

 

Trouxe-a para casa e preparei um aqua só para ela (os ovos ainda não eclodiram). Tem apenas 20 litros, filtro de cascata(ainda sem esponja de protecção), a temperatura é a ambiente (entre os 22 e os 26 ºC), o substrato é areia que trouxe do local onde a encontrei, adicionei um pouco de musgo de java e tenho também um garrafão de 5 litros com água de um lago que lá estava (trouxe-o por conter muitas dáfnias, outros invertebrados e microalgas).

 

As duvidas que tenho são as seguintes: 1-Esta "camaroa" é realmente Atyaephyra desmaresti? 2-Tendo em conta a situação em que ela está, que conselhos me dão para melhorar as condições de forma a que a taxa de sobrevivência das larvas seja a maior possivel?

 

Espero que me possam ajudar, que as imagens sejam claras, com dimensões razoáveis e espero não ter feito nenhum "asneira" em ter colocado aqui a minha situação.

 

Cumps

 

ps: Sou mesmo noob nestas coisas, carreguei sem querer duas vezes no "Enter" enquanto estava a escrever e criei dois posts que não queria. Se puderes apaga-os... Sory. :(

Editado por bodasantos
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Bem, a coisa não está fácil ... as larvas aguentam cerca de 1 semana, morrendo depois numa noite !

 

Já me aconteceu o mesmo com 3 fêmeas em alturas diferentes, a seguir umas às outras, variando as TPAs e a comida !

 

A temperatura mantem-se em 24-25 graus (sem aquecimento), aeração média por pedra, musgo e ceratophilum demersum.

 

Na próxima, vou cortar a aeração !

 

 

eu nao sei se esta alguma coisa no meu aqua , a agua esta tao verde que nao se ve nada ... so lhe vou mexer mais daqui a 1 ou 2 meses .

e nao ovou mais nenhuma ate agora ...

" Aquele que te entretém com os defeitos dos outros, entretém os outros com os teus. "

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Boas AlbCab, espero que não haja problema em colocar aqui isto, mas talvez me possas dar umas dicas.

 

138827_1_1.jpg

 

Acontece que encontrei esta fêmea (que penso tratar-se de Atyaephyra desmaresti) a passear pelo fundo do rio aqui na praia fluvial em coimbra (rio Mondego). Assim que a apanhei apercebi-me imediatamente de que carregava ovos.

 

138799_3_3.jpg

 

Trouxe-a para casa e preparei um aqua só para ela (os ovos ainda não eclodiram). Tem apenas 20 litros, filtro de cascata(ainda sem esponja de protecção), a temperatura é a ambiente (entre os 22 e os 26 ºC), o substrato é areia que trouxe do local onde a encontrei, adicionei um pouco de musgo de java e tenho também um garrafão de 5 litros com água de um lago que lá estava (trouxe-o por conter muitas dáfnias, outros invertebrados e microalgas).

 

As duvidas que tenho são as seguintes: 1-Esta "camaroa" é realmente Atyaephyra desmaresti? 2-Tendo em conta a situação em que ela está, que conselhos me dão para melhorar as condições de forma a que a taxa de sobrevivência das larvas seja a maior possivel?

 

Espero que me possam ajudar, que as imagens sejam claras, com dimensões razoáveis e espero não ter feito nenhum "asneira" em ter colocado aqui a minha situação.

 

Cumps

 

ps: Sou mesmo noob nestas coisas, carreguei sem querer duas vezes no "Enter" enquanto estava a escrever e criei dois posts que não queria. Se puderes apaga-os... Sory. :(

 

 

Por mim não há problema nenhum, só que se tivesses aberto um post novo, poderias ter mais atenção de outros membros do forum. Não posso apagar os posts repetidos, só os administradores.

 

Sinceramente, não consigo perceber as fotografias.

 

Quanto ao setup, filtro de cascata sem esponja, de maneira nenhuma. Eu pessoalmente usei apenas pedra difusora, e nunca vi relatos de uso de filtros (qualquer filtro) para larvas desta espécie.

 

Conheço um caso de sucesso sem qualquer tipo de aeração, o que implica TPA diária, que é o que vou fazer na próxima. Mas vou retirar a água do topo e não do fundo.

 

Quanto à alimentação, o que vou experimentar agora é diluir em água o pó mais fino que encontrei (Vipan Baby da Sera) e com uma seringa dar uma gota 3 vezes ao dia.

 

Penso que se deve retirar a fêmea logo a seguir à eclosão.

 

Quanto ao substrato, não uso nada, o que não quer dizer que o areão esteja mal, até pode ser uma boa ideia.

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Por mim não há problema nenhum, só que se tivesses aberto um post novo, poderias ter mais atenção de outros membros do forum. Não posso apagar os posts repetidos, só os administradores.

 

Sinceramente, não consigo perceber as fotografias.

 

Quanto ao setup, filtro de cascata sem esponja, de maneira nenhuma. Eu pessoalmente usei apenas pedra difusora, e nunca vi relatos de uso de filtros (qualquer filtro) para larvas desta espécie.

 

Conheço um caso de sucesso sem qualquer tipo de aeração, o que implica TPA diária, que é o que vou fazer na próxima. Mas vou retirar a água do topo e não do fundo.

 

Quanto à alimentação, o que vou experimentar agora é diluir em água o pó mais fino que encontrei (Vipan Baby da Sera) e com uma seringa dar uma gota 3 vezes ao dia.

 

Penso que se deve retirar a fêmea logo a seguir à eclosão.

 

Quanto ao substrato, não uso nada, o que não quer dizer que o areão esteja mal, até pode ser uma boa ideia.

 

Pois, eu apenas fiz post aqui porque me pareces ter bastante experiência no que toca a esta espécie. Peço imensa desculpa por ter feito "asneirada" naqueles dois meio posts.

 

Vou seguir o teu concelho e retirar o filtro. Estava a pensar improvisar uma esponja adaptando uma daquelas esponjas amarelas (tipo Scotch Brite?) à entrada do sifão do filtro, mas vou antes colocar a pedra difusora para evitar as TPA diárias e tentar dar estabilidade ao aqua. O filtro ainda tem alguma potência, não sei se mesmo com a esponja as larvas não ficariam lá coladas... :| Outra hipotese seria colocar a esponja e enterrar o sifão debaixo do areão (vou tentar testar e ver o efeito).

 

Sou estudante de biologia e sei que as larvas de invertebrados aquaticos crescem (na sua maioria) mais rapidamente e têm taxas de sobrevivência maiores com temperaturas mais elevadas (talvez tenha sido por isso que as tuas larvas morreram durante a noite?).Vou equacionar a adição de um termostato para a temperatura não baixar dos 25ºC. Além disso são muito sensiveis a alterações da qualidade da água, temperatura, pH, dureza, oxigenação, etc... A minha ideia será tentar manter as condições estáveis e o mais parecidas com aquelas em que encontrei a minha "camaroa". Quanto à aeração, não quero contradizer o caso de sucesso de que falas, mas no rio a água é bastante oxigenada, o que não invalida uma possibilidade; as fêmeas podem procurar pequenos lagos onde depositam as larvas (pode ser uma questão importante na sobrevivência dos pequenitos e na recriação das condições ideais). Em relação à iluminação, visto que o aqua está à janela e no entanto não apanha luz directa, vou continuar com a iluminação natural.

 

Em relação à alimentação, vou tentar utilizar uma mistura de comida seca pulverizada com a mixórdia que trouxe do laguito à beira rio. Vou manter o garrafão bem iluminado e colocar lá dentro alguma comida pulverizada para activar os processos biológicos. A água é rica em dáfnias, outros invertebrados minúsculos, microalgas, algas filamentosas e caracois. Vou tentar administrar umas quantas (não muitas) gotas desta solução todos os dias.

 

Assim que os ovos eclodirem e as larvas se soltem da progenitora vou retira-la do aqua. Penso que estes camarões são detritivoros, logo não devem apresentar risco para as larvas, no entanto, podem produzir hormonas que impeçam o desenvolvimento das mesmas (acontece com diversas espécies ripículas para evitar o "overcrowding" e a falta de recursos).

 

O areão parece ter sido boa escolha, além de ja estar biologicamente vivo e conter potencial alimento e esconderijo para as larvas, a fêmea passa o dia e a noite "agarrada" às pedritas enquanto executa uns movimentos tipo "dança do ventre" que penso ser uma forma de oxigenar os ovos.

 

Estive a averiguar e pelos vistos uma investigadora do meu departamento já fez alguns estudos com esta espécie. Caso se trate efectivamente de Atyaephyra desmaresti, vou tentar entrar em contacto com ela e perguntar em que moldes ela fez e manteve a criação destes camarões.

 

As fotos ficaram muito pequenas :(. Tenho de fazer uns quantos testes para ver se consigo colocar aqui no forum fotos decentes. Entretanto deixo aqui os links para algumas das fotos que tirei com muito mais qualidade:

Foto1

Foto2

Foto3

Foto4

 

Vou seguir atentamente os teus resultados e partilhar os meus. Espero que estas experiências nos ajudem a compreender melhor esta espécie e que tanto as tuas como as minhas larvas cheguem a bom termo para que possamos no futuro fazer uma troca de património genético e melhorar as nossas culturas.

 

Cumps

Editado por bodasantos
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Temperatura. Equacionar a adição de um termostáto pode, de facto, ser uma boa ideia.

 

Aeração. O caso que relatei passou-se num laboratório, penso que de biologia, onde os camarões foram criados com fins de estudo científico. São situações ambientais muito controladas, que não são fáceis de reproduzir fora dos laboratórios.

 

Larvas: atenção que as larvas não são "depostas", elas simplesmente eclodem dos ovos, a fêmea fica liberta destes e "vai à vida dela".

 

Iluminação. Comecei por tentar manter sempre a luz acesa, como está documentado para Amanos. Depois utilizei um ciclo de 11 horas, que é mais ou menos o actual.

 

Dança do ventre. Penso que é, de facto, para oxigenar os ovos.

 

Fotos. Estas sim, ficaram bastante boas. Penso tratar-se de Atyaephyra desmaresti, salvo melhor opinião.

 

Areão. O inconveniente pode ser exactamente conter detritos que alterem a qualidade da água. Por outro lado, também são fonte de alimento...

 

Estudos em Coimbra. Tenta obter o número máximo de informações possíveis. Penso que no Porto também, há quem estude (ou já tenha estudado) esta espécie.

 

Partilhar resultados. É exactamente essa atitude que eu aprecio. Estou ao teu dispor.

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tenho femeas que tambem ja desovaram o que vejo sao uma especie de pulguinhas pelo aqua que tem cauda tipo camarao e umas minhocas brancas (nao devem ser as larvas ou serao?)

 

ja 2 ou 3 desovaram a mais ou menos 1 mes vamos ver como corre

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tenho femeas que tambem ja desovaram o que vejo sao uma especie de pulguinhas pelo aqua que tem cauda tipo camarao e umas minhocas brancas (nao devem ser as larvas ou serao?)

 

ja 2 ou 3 desovaram a mais ou menos 1 mes vamos ver como corre

 

 

Num mês, as larvas já devem ter passado as 5 (ou 7 ?) metamorfoses e já devem ser agora camarões minusculos (à roda dos 3 a 5 mm)

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