Artigo - Aquario Brackish (salobro)


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Montando seu aquário brackish (salobro)

 

Afinal, o que é Brackish ?

 

Brackish é a palavra usada especialmente para descrever onde a água do oceano se encontra com a água de rios (vice-versa), misturando água salgada com água doce, deixando a característica da água nem doce e nem salgada (salobra), variando a salinidade através de alguns fatores como:

 

- A força do fluxo da água doce do rio reduzindo a quantidade de sais da água marinha;

- Durante a maré alta, o sal sobe rio acima muito mais que em marés baixas, flutuando a salinidade da água por duas vezes ao dia.

- O sobe e desce constante do nível da água em torno das áreas como o delta e o escape da água onde se encontra a água doce e salgada formando pequenos “lagos”.

 

Estas áreas de encontro são chamadas de estuários, mangues, e pântanos "salgados". A salinidade da água geralmente varia muito de acordo com a maré e quantidade de água doce, além da taxa de evaporação. Nestes locais habitam diversos peixes como Arqueiros, Scats, Monos, Gobies, entre outros. Alguns amplamente comercializados em lojas sendo possível mantê-los em nossos tanques respeitando suas exigências.

 

Esta matéria tentará passar de forma simples e objetiva como criar e manter um ambiente saudável para tais espécies, respeitando suas exigências e suas características inigualáveis de adaptação. Se você está cansado de aquário plantado, comunitário, de africanos dos grandes lagos, reef, etc... Vale a pena o investimento neste tipo de montagem, permitindo que ela seja diferente das demais e apesar de muitos mitos que acerca sobre tanques brackish, são relativamente fáceis de se manter, desde que se estude e mantenha os parâmetros que os peixes exigem. Diferentemente de peixes de água doce e marinho, o que mais impressiona nas espécies destas regiões é sua adaptação ao meio e em algumas espécies, o exotismo destacado.

 

 

Estuário e mangue:

 

Estuário:

 

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Estuário dell´Adige, a margem do delta Padano - Itália

Foto: www.bacino-adige.it

 

Um estuário é a parte de determinado rio que drena sua água de encontro com a água do mar, sofrendo forte influência das marés e acaba possuindo características de água salobra. Devido aos nutrientes que a água doce carrega, um estuário possui geralmente uma elevada produtividade biológica, mas sofre fortes efeitos da poluição podendo transformar-se em um verdadeiro deserto biológico dependendo da região.

As águas dos estuários são lentas e seu ecossistema muito produtivo, com uma grande gama de alimentos disponíveis, mas em contrapartida a diversidade de espécies é relativamente baixa, comparado a rios ou mar. Em geral, Gobbies e alguns peixes-gato são característicos de estuários, variando seu habitat em águas mais doce, rio acima ou mais abaixo, quase diretamente no mar. Alguns peixes de água doce podem ser encontrados nestes locais como os Ropefishes e alguns poucos ciclídeos, tendendo mais para a parte alta dos rios. Já alguns peixes marinhos, principalmente os mais jovens, habitam a parte mais salgada do estuário como os Flatfishes. Em geral a salinidade de estuários é média/alta.

 

Mangues (ou mangal):

 

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Exemplo de mangue típico

Foto: Patrícia Falchi Grassi

 

Outro ambiente costeiro, de transição entre ambientes terrestre e marinho, encontrado apenas em regiões tropicais e subtropicais. Apesar de muitas vezes quando vamos a praia, nos deparamos com mangues ao longo da viagem, este acaba passando uma visão "pobre" e muitas vezes "negativa" para os menos informados. Saiba que o manguezal é um ecossistema complexo e muito produtivo. Ele está sujeito ao regime das marés, cercado de vegetais típicos (muitas vezes difíceis ou impossíveis de se criar em cativeiro) ao qual associado a outros componentes vegetais e animais, tornando-se um ambiente inigualável. Muitos animais migram para estas áreas por pelo menos uma fase do ciclo de sua vida e outros permanecem sua vida inteira nestes locais.

 

O manguezal suporta uma enorme variedade de animais tanto terrestres, como aquáticos. Macacos, serpentes e muitos pássaros são facilmente encontrados devido à infinidade de peixes, caracóis e pequenos crustáceos encontrados. Dependendo da região, encontramos peixes exóticos e até mesmo no lamaçal dos mangues como os exóticos Mudskippers. Em geral a salinidade dos mangues é baixa. Tanto estuários e mangues podem ser encontrados facilmente no litoral paulista, rios brasileiros, Guaíba (RS) e Ilha de Marajó no Brasil e entre os internacionais mais famosos na África, Delta do Nilo, rios Indo Malaios e Australianos.

 

 

A água do brackish

 

O sal do mar contém principalmente cloreto de sódio e outros elementos como bicarbonato, metais e em menor escala fosfatos, sulfatos e nitratos, portanto se pensa em montar um tanque brackish, evite ao máximo usar sal de cozinha, não é adequado. Procure usar sais vendidos para tanques marinhos e escolha uma boa marca.

 

A salinidade da água nada mais é que a medição da quantidade de sal dissolvido na água e muitos aquaristas preferem descrevê-lo como densidade. A água pura (doce) possui uma densidade 1.000, ou seja, um litro de água pesa 1 Kilo, já a água salgada é mais densa devido aos sais dissolvidos nela, podendo chegar a uma densidade ao redor de 1.025 .

Dependendo dos peixes que serão mantidos, a densidade da água poderá variar bastante. Em geral peixes de água doce que toleram sais na água preferem uma densidade menor que 1.005 (ex. Rainbowfishes e alguns poucos africanos), assim como a grande maioria das plantas de água doce. Já os peixes que vivem boa parte na água do mar, preferem uma densidade por volta de 1.010 ou mais, mas podem tolerar periodicamente densidades variando de 1.000 a 1.025. Uma dica é que a água do mar possui em média 35g de sais dissolvidos para cada 1L.

 

Outra importante dica é nunca, mas nunca mesmo adicionar sal diretamente no tanque devido a nem todos sais se dissolverem na mesma taxa, podendo causar sérios danos a seus peixes (adaptação). Evitar metais (ex. equipamentos) em contato com a água é outra dica registrada, já que correrá o sério risco de corrosões.

 

A temperatura ideal para estes peixes varia muito podendo ser entre 22ºC a 30ºC. Devido à presença de carbonato de cálcio e bicarbonatos dos sais, estes elevarão seu pH deixando alcalino e dureza média a alta, sendo ideal para boa parte dos peixes com exceção de alguns como os Monos que apesar de gostarem de água alcalina e dura, não suportam salinidade muito alta.

 

Montando seu tanque Brackish

 

Primeiramente deverá definir qual espécie deseja criar e se basear fielmente nas exigências da espécie escolhida para finalmente montar seu tanque. Devemos ao adicionar a água no tanque já definir a densidade (baixa/média 1000 á 1010 e 1018 á 1020 ou pouco mais já é água marinha).

 

Se possuir salinidade baixa, use filtros externos e canisters, já se a densidade for mais elevada, manter algum celenterado, Skimmer e Joubert. A iluminação deverá ser a mais "forte" possível, já que boa parte destes peixes não vivem na escuridão ou regiões escuras.

 

Se optar por usar troncos como decoração, ferva-os com bicarbonato de sódio algumas vezes para reduzir seu poder acidificante, que não é nada interessante nesta montagem. Deverá ainda possuir boas bombas de circulação, principalmente se optar pelo uso de plantas, já que em densidade média/alta poderá formar uma grossa camada de limo rapidamente sobre elas.

 

 

Exemplo de tanque Brackish

Foto: Jeffrey Senske

 

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Substrato:

 

Não há uma regra específica para qual tipo de substrato usar em tanques brackish. Muitos aquaristas usam cascalho neutro, dolomita, substratos de conchas moídas e areia de rio/praia, sendo que este último leva séria desvantagem caso venha a usar um filtro undergravel ou mesmo filtro interno. Relativo a camada a ser usada poderá variar caso venha usar plantas, mas em geral de 3cm a 5cm estará ideal.

 

 

Plantas:

 

Podemos usar um número limitado de plantas neste tipo de montagem. Plantas largamente usadas em tanques temáticos ou plantados normalmente não se adaptam as condições de água usada na montagem de um brackish, com algumas exceções. Se pensar em usar plantas na montagem, monte primeiramente um tanque com baixa salinidade (< 1.005) com muitas plantas e vá subindo a salinidade lentamente, até que elas se adaptem. Algumas sugestões: Valisnerias spp., Sagittaria spp. são as mais indicadas devido a sua rusticidade. Algumas Anúbias e Musgos também são bem vindos como outras plantas mais pesadas como Hygrophila spp., Nomaphila spp., Microssorium, Samoulus, e Rabos de Raposa. Algas marinha, caso haja uma salinidade maior, como as algas pink serão bem vindas.

 

Algumas sugestões:

 

- Elódea: Planta pouco exigente que agüenta bem condições adversas;

- Anubias spp. : Algumas espécies africanas costumam tolerar sais na água e até mesmo ataque de peixes;

- Bacopa spp. : Principalmente Bacopa monniera freqüentemente são encontradas em água salobra;

- Espécies de Cabombas: Dá um efeito bonito no tanque, porém são bem apreciadas pelos peixes;

- Cryptociryne spp : Em especial a Cryptocoryne ciliata se dá bem em água salobra;

- Echinodorus spp. : Especialmente a Echinodorus Tenellus, muitos a considera a mais resistente;

- Hygrophila Polysperma: Apesar de apreciada por muitos peixes de água salobra, esta planta é bem resistente e pode suportar água com baixa densidade;

- Microsorium pteropus: Uma das melhores plantas a se manter em tanque brackish. É uma das únicas plantas para aquários que é naturalmente de água salobra;

- Nymphoides sp. : A bananinha d’água também poderá ser usada em baixa densidade;

- Sagitaria spp. : Possui folhas resistentes e se adapta relativamente bem em água salobra;

- Vallisneria spp. : Em particular a Vallisnéria "gigante" como a americana;

- Vesicularia Dubyana : Também conhecido como Musgo de java, pode tolerar até mesmo água mais dura.

 

 

Manutenção:

 

A manutenção de um tanque Brackish não é muito diferente de outros tipos de tanques. Com a aquisição inicial de bons equipamentos e instalação correta com inspeções e manutenções periódicas, aliado a boa alimentação (sem excessos), sempre terá um tanque com boa saúde. Abaixo algumas dicas que podem ser seguidas:

 

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Tanque Brackish (mangue)

Foto: www.WetWebMedia.com

 

- Reserve alguns minutos de seu dia para observar seu tanque, aproveitando para apreciar sua beleza. Alimentando diariamente com pequenas quantidades freqüentes e observando se teus peixes estão "avançando" sobre a comida, peixes salobros costumam ser bem "fominhas". Caso algum apresente problema para se alimentar, observe por alguns dias e reveja os parâmetros da água e se persistir, tente diagnosticar o porque não está comendo (agressões, doença).

- Nesta observação diária, veja o nível da água, se todos filtros/bombas estão funcionando corretamente.

- Cheque semanalmente ou quinzenalmente os parâmetros da água como pH (deverá sempre estar acima de 7.6), temperatura, amônia etc.

- Troque de 10% a 20% de água quinzenalmente (semanalmente desejável) se possível com sifonagem no fundo, já que peixes salobros (principalmente os maiores) costumam sujar bem a água.

- Ao efetuar trocas parciais e adicionar sais na água, nunca dilua o sal diretamente no tanque. Dilua na água de reposição e tenha certeza que a grau de salinidade esteja próximo ou igual ao do tanque para não haver choque. Apesar de peixes de água salobra tolerarem diferenças de salinidade, esta deverá ser feita gradativamente.

- Se usa um filtro undergravel (aqueles filtros abaixo do cascalho, nunca o use com areia!), certifique-se sempre se não está sendo criadas zonas anaeróbicas pelo tanque, pois os gases liberados no decorrer do tempo por estes pontos, podem ser mortais a seu tanque. Adeque seu undergravel a modo para que não existam estas regiões "mortas".

- A alimentação deverá ser fornecida por pelo menos 2 vezes diariamente e de ótima qualidade. Muitos peixes de água salobra (Ex. Mollys, Monos, Scats, Gobbys) necessitam de alimento vegetal em sua dieta e Puffers (independente do tamanho) sempre deverão possuir pequenos caracóis em seu cardápio para "gastar" seu osso localizado na região da boca (funcionam como ótimos triturados de alimentos).

- Boa parte dos peixes de água salobra é carnívora e alguns podem não se adaptar a rações de imediato exigindo alguma técnica e principalmente paciência de seu criador para alimentá-los, em alguns casos o peixe sempre recusará rações.

- A grande maioria dos peixes salobros são coletados, raramente se reproduzindo em cativeiro (há exceções como os Poecilídeos e alguns Ciclídeos).

- Sempre deverá deixar a água morna (entre 25ºC à 28ºC), nunca abaixo disso! Procure usar sempre um ótimo termostato.

 

Uma vez seguidos alguns itens (entre outros mais comuns) listados acima e seu tanque estiver perfeitamente ajustado, terá pouco trabalho com a manutenção.

 

Opções de filtros:

 

Para que o tanque seja mantido com saúde em dia, deverá ter filtragem bem dimensionada e eficiente. Peixes como Puffers (entre outros) exigem água de excelente qualidade e devido a sua dieta pesada (deve-se fornecer de tudo um pouco, legumes, caracóis, artêmias, rações) muitas vezes a filtragem pode não ser eficiente, portanto novamente insisto que ela deverá ser muito bem dimensionada e perfeita!

 

Você já deve estar careca de saber que a filtragem em aquários consiste em: mecânica, biológica e química. Para não estender muito neste tema, abaixo uma pequena relação de bons filtros a serem usados com algumas observações.

 

Undergravel: Filtro ideal para ser usado como complemento de outro filtro principal, portanto nunca deverá ser usado como filtro primário.

Sua maior qualidade está em evitar que se crie zonas "mortas" abaixo do cascalho, atrás de pedras ou outros enfeites, com o acúmulo de matéria orgânica nestes pontos, pode-se em longo prazo liberar gases nada agradáveis para a saúde de seu tanque.

 

Canister: Opções ideais para tanques de água salobra. Além de possuir excelente filtragem biológica, mecânica e química, devido ao bom espaço em seu compartimento, poderá ser usado como bomba de circulação dependendo da vazão do filtro, basta direcionar a saída para o ponto desejado. Em minha opinião o Fluval e Eheim estão acima de outras marcas, mas no geral se puder adquirir este tipo de filtro independente de marca (pesquise), estará bem munido.

 

Filtros externos: Outra boa opção principalmente para filtragem mecânica e química. Existem inúmeras marcas no mercado sendo praticamente todas equivalentes com um ou outro detalhe diferente variando de marca para marca. Eu particularmente prefiro marcas como Hagen (Aquaclear) e Tetra (Whisper).

 

Sump: Excelente opção de filtro, embora a montagem requer experiência por parte do aquarista. Este tipo de filtro se baseia em um aquário reservatório onde a água é coletada do tanque principal passando por diversos elementos filtrantes alocados dentro do reservatório e retornando ao tanque por uma bomba. É uma ótima opção, sobretudo para aquários acima de 300l e recomenda-se que o tanque reservatório possua no mínimo 20% da capacidade do tanque principal, portanto, se possuir um tanque de 300l, use ao menos um reservatório de no mínimo 60l.

 

Filtros internos: Existe uma vasta opção de filtros internos, desde o velho e bom modular de canto (FBM) como os que ficam grudados nos vidros. Sua filtragem consiste em uma bomba que estará acoplada a um módulo, onde ficarão os elementos filtrantes separados por gavetas, a bomba puxa a água que passará pelas gavetas, retornando ao tanque. Assim como nos canisters, poderão servir como bomba de circulação. Ao meu ver o maior empecilho no uso se restringe a parte estética (além de ocupar bastante espaço internamente) e satura rapidamente dependendo dos peixes que possui. No mercado ainda há uma boa opção de filtro exclusivo para terrários que poderá ser usado em montagens temáticas como mangue, o método de filtragem consiste basicamente como um filtro interno filtrando a água e retornando para o tanque, com efeito, cascata, já que a bomba poderá ficar para fora da água (ideal para mangue que poderá possuir uma parte do tanque seca). Outra vantagem seria o fluxo da bomba, podendo funcionar como bomba de circulação.

 

Skimmer: Se a salinidade da água for maior que 1.015 é recomendado o uso de um Skimmer para maior eficiência na filtragem. Este também deverá ser usado em conjunto com outro filtro primário.

Mais introdução e alguns exemplos de setups

 

As pessoas acabam partindo para a montagem de um tanque brackish por estarem à procura de algo um pouco diferente dos já comuns aquários plantados, CAs e marinhos.

 

Muitas vezes há desencontros nas informações fornecidas por amigos ou lojistas na montagem de um tanque brackish e principalmente qual espécie adequada a se criar, onde freqüentemente vemos peixes como Puffers, Scats, Gobbys e Monos (citando os mais comuns encontrados nas lojas) submetidos à bateria de água doce ou marinha e o aquarista, muitas vezes, acaba comprando estas espécies sem saber de fato que são de origem de água salobra.

 

Em ajustes naturais de água salobra, as condições da água podem variar freqüentemente e neste detalhe alguns peixes podem viver determinada época em um tipo de água e migrar para outra. Como exemplo temos alguns peixes que circulam em água doce apenas para desova e voltam para a água salobra ou mesmo para o mar, ou vice versa, ou mesmo vivem sua fase juvenil em água doce e migram para água salobra. Um bom exemplo são as Molinésias que são vendidas como peixe de água doce, mas podem ser aclimatadas as circunstâncias salobras ou mesmo marinha (este último diminui sua expectativa de vida drasticamente).

 

Já deve ter ouvido por aí: Ah! Tenho Monos e Scats em água doce há um bom tempo e nunca tiveram problema!

 

Sim, caro amigo! Note que um Cachorro "vira-lata" pode viver por anos perambulando pelas ruas e um cachorro doméstico e bem tratado também pode viver anos e anos! Mas note com o tempo a diferença no porte, comportamento e no pêlo dos bichos. E qual tem sua expectativa de vida maior ?

 

O mesmo vale para peixes água salobra, compare um peixe aclimatado em um tanque salobro e outro que vive em água doce! Haverá gritantes diferenças de cores e tamanho, além da expectativa de vida!

 

 

Exemplos de setups:

 

Estuário:

 

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Estuário

Foto: Dr. R.V. Fodor

 

O estuário é uma das primeiras idéias que vem a cabeça por grande parte dos aquaristas. Estuários possuem fluxo lento e para este tipo de montagem é recomendado um tanque com boa capacidade (acima de 200l).

 

Habitantes: Monos* (Monodactylus Argenteus, Monodactylus Sebae), Scats* (Scatophagus Argus) e Peixe Gato Colombiano (Arius Seemani).

Plantas: Muito provavelmente as plantas serão devoradas, sendo a mais indicada o Musgo de Java. Se a salinidade da água for maior que 1.015, boa parte das plantas começa a morrer, sendo substituídas por algas marinhas como a comum Caulerpa.

Temperatura: 24ºC a 28ºC

pH: 7.6 a 8.5

Decoração: Rochas

Sal: As espécies listadas neste setup podem migrar do estuário para o oceano quando mais velhas, tendo que imitar em alguns anos a diferença de salinidade da água salobra para água marinha ou mesmo deixar após os peixes estiver em fase adulta a salinidade mais alta (acima de 1.015). Uma dica seguida por muitos aquaristas é comprar os peixes jovens e começar o tanque com 2 colheres (de sopa) de sal marinho para cada 1 galão de água e a cada seis meses ir adicionando uma colher de sal por galão de água durantes trocas parciais.

 

* Monos e Scats em fase juvenil vivem em água salobra, após alguns anos migram para o mar.

 

 

Rio Brackish:

 

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Rio Brackish

Foto: http://badmanstropicalfish.com

 

O encontro rio acima misturado a água do mar, pode-se formar rios de água salobra. Estas regiões possuem fluxo rápido que poderá ser simulado por uma potente bomba de circulação direcionada a algum lado. O tamanho do tanque para este tipo de montagem poderá variar de acordo com os peixes que pretende criar, para pequenos peixes como a Abelhinha, Molinésias e Peixes-vidro, pode-se adquirir um tanque de 50l ou mais, para peixes maiores e carnívoros, recomenda-se acima de 200l. Detalhe: Nunca... mas nunca mesmo, misture peixes menores como Abelhinhas (entre outros) com peixes carnívoros, mesmo estes últimos sendo de pequeno porte.

 

Habitantes: Abelhinha (Brachygobius Xanthozona), Molinésias, Peixe Vidro (Chanda Ranga), Goby Knight (Stigmatogobius Sadanundio), Puffer Spoted (Tetraodon Nigrifilis), Puffer fígura 8 (Tetraodon Biocellatus), Mexerica.

Plantas: Valisnérias, Feto de java.

Temperatura: 25ºC à 28ºC

pH: 7.6 a 8.5

Decoração: Plantas mais altas no fundo e mais curtas ao lado. Adicionar uma ou mais toca de rochas caso venha criar Gobys. Anubias e Feto de Java devem estar espalhados pelas pedras.

Salinidade: Boa parte dos peixes que vivem em rios salobros aceitam densidade entre 1.005 - 1.010 (1 ou 2 colheres de sal para cada 3,8l de água). Puffers manchados preferem condições mais elevadas com densidade entre 1.010-1.020.

 

 

Mangue:

 

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Floresta do mangue

Foto: todaddams.net

 

A água do mangue possui fluxo lento coberto por plantas e raízes flutuando rente a superfície. Muitos projetos possuem uma parte seca e outra parte com água. Por este motivo recomenda-se adquirir um tanque no mínimo de 200l ou maior a modo que haja bastante espaço para os peixes nadarem. Outros tipos de montagens consistem em um tanque coberto com plantas de superfície e raízes submersas (pedras poderão ser usadas para tocas).

 

Habitantes: Arqueiros (Toxotes Jaculatrix), Mudskipper (Periophthalmus Spp.), Caranguejos (Uca crassipes), Anableps Spp. .

Temperatura: 24ºC à 28ºC

pH: 7.6 a 8.6

Decoração: Raízes, muitas raízes não pode faltar neste tipo de montagem. Use também plantas flutuando para cobrir boa parte da superfície.

Salinidade: Densidade entre 1.010-1015 será adequada variando a espécie.

 

 

Quais espécies manter em um tanque Brackish ?

 

Obviamente apenas peixes naturais de mangue e estuários. É muito comum ver aquarista iniciante (e porque não mencionar os “experientes”..) misturar peixes de origem brackish como os "comuns" Scats e Monos, junto com peixes de água levemente alcalina ou ácida. Em alguns casos não são muito bem adaptados e acabam morrendo em poucas semanas ou dias. Há ainda aquele caso em que fulano conseguiu manter um peixe originário do brackish por um ano ou pouco mais em um tanque inapropriado... ERRADO! Estes peixes vivem anos e anos e se mantidos em condições ideais, dão menos trabalho algum comparado aos peixes mais comuns, e ainda possuem hábitos inigualáveis e mesmo muito exotismo!

 

Uma das grandes vantagens de se possuir peixes deste tipo de água é que conforme são adaptados a flutuações de salinidade, os parasitas e patógenos comuns não toleram tais variações. Apenas atente que não deverá efetuar uma mudança radical na salinidade da água em poucas horas. Deverá ser lenta e gradual tais mudanças. Tanto peixes marinhos como dulcícolas toleram flutuações na densidade da água, desde que lentamente.

 

Ciclídeos de águas alcalinas costumam tolerar um pouco de sal na água, bem como alguns Killies e muitas vezes são mantidos em torno de 1,005 juntamente com peixes brackish que vivem em água com salinidade relativamente baixa como Mollys. Outros peixes como os peixes gato (cat-fishes), corydoras e peixes gato maiores como os da família Loricariidae são intolerantes a presença de sal na água, portanto fique atento quais pretende manter.

 

Outro detalhe importante é com relação ao uso de medicamentos diretamente no aquário. Evite ao máximo usá-lo, para tratar de peixes enfermos, use um aquário hospital, isolando o peixe que necessita de maiores cuidados. Boa parte dos remédios podem ser usados em aquários brackish, sendo que se a água possuir salinidade igual ou maior que 1.005, opte pelos remédios marinhos, obterá melhores resultados e jamais use remédios (principalmente remédios para tanques dulcícolas) se mantiver invertebrados em seu brackish, boa parte destes remédios contém cobre, elemento letal a moluscos e invertebrados.

 

Embora tanques de brackish são menos freqüentes do que os tanques de água doce ou marinhos, abaixo alguns peixes mais comuns e facilmente criados em cativeiro.

 

Comuns:

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Monos argenteus

Foto: ?

 

- Monos (Monodactylus spp);

- Alguns poecílideos como Molinésias e Guppys;

- Scats (Scatophagus spp.);

- Arqueiros (Toxotes spp.)

- Peixe Vidro Indiano (Chanda ranga)

 

Peixes predadores:

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Peixe-dragão (Dragão Violeta)

Foto: ?

 

- Garpikes (familia Lepidosteidae)

- Catfishes (família Ariidae)

- Gobbys (família Gobiidae)

- Enguias (família Mastacembelidae)

 

Exóticos:

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Mudskipper

Foto: ?

 

- Quatro olhos (Anableps spp.)

- Mudskippers (Periophthalmus spp.)

 

E para os que não tem espaço em casa (que não sirva de desculpa):

- Killifishes (família Cyprinodontidae)

- Zangão e Gobbyes (família Gobiidae)

- Pipefishes (família Syngnathidae)

 

Alguns peixes podem se reproduzir neste tipo de tanque, os de fácil reprodução, como Guppys, Mollys e Kribensis até os mais "exigentes", embora peixes como Monos e Arqueiros seja um pouco mais complicada a reprodução em cativeiro por inúmeros fatores como tamanho do tanque, número de indivíduos inapropriado, mudanças de salinidade e temperatura. Caso queira mais detalhes sobre a reprodução de determinada espécie, recomendo ler bons livros ou consultar fóruns de aquarismo na internet. Algumas espécies como Pelviachromis pulcher (Kribensis), Bumblebee gobies (Brachygobius spp.) e Dermogenys spp. são bons reprodutores para começar, devido a sua fácil adaptação em cativeiro.

 

A pergunta que não se cala: Peixe de água salgada vive em água doce ou peixe de água doce vive em água salgada ?

 

Simples e objetivo: NÃO! Os líquidos que circulam no corpo do peixe de água salgada têm aproximadamente a mesma quantidade de sais da água do mar. Se o peixe for colocado em água doce, a concentração de líquidos de seu corpo será maior que a do ambiente. O peixe absorverá água e não terá como eliminá-la, porque seu rim é pouco desenvolvido. Ele inchará e poderá explodir. E se um peixe de água doce for colocado no mar, a concentração de líquidos de seu corpo será bem menor que a da água e ele perderá líquido até ficar desidratado. Os peixes de água doce precisam eliminar o excesso de água que se acumula em seus corpos. Seus rins produzem muita urina para evitar que os tecidos fiquem saturados. Comparados aos peixes de água doce, os peixes de água salgada, que já perdem água por osmose, produzem muito menos urina.

Espécies de peixes recomendados e algumas informações

 

Entre as espécies mais recomendadas, para um tanque salobro, estão:

 

- Peixe Arqueiro (família Toxotidae);

- Peixe Vidro (família Ambassidae);

- Peixe gato/cat-fishes (família Ariidae); 1

- Peixe sapo (família Batrachoididae);

- Targetfishes (família Teraponidae);

- Scats (família Scatophagidae);

- Baiacús/Puffers (família Tetraodontidae);

- Peixes Cachimbo (Syngnathidae);

- Molinéias e Guppys/Lebistes (família Poeciliidae);

- Mudskyppers (família Periophthalmidae);

- Peixes folha (família Nandidae);

- Moréias de "água doce" (família Muraenidae);

- Peixe-agulha (família Belonidae);

- Goby (família Gobiidae); *

- Peixes tigre / Tigerfishes (família Lobotidae);

- Rainbowfishes / Peixes Arco-Íris (família Melanotaeniidae); 2

- Monos (família Monodactylidae)

- Alguns Killies; 3

- Alguns Ciclídeos. 4

 

1. Nem todos cat-fishes aceitam sais na água, Coridoras, Cascudos e Ottos, por exemplo, não suportam e podem até falecer com a presença deste elemento na água;

2. Nem todos Rainbowfishes aceitam água salobra;

3. Nem todos Killies aceitam água salobra, o mais comum é a Jordanela Floridae, entre outros;

4. Nem todos Ciclídeos aceitam água salobra com exceção de alguns como o africano Kribensis, o asiático Mexirica e o latino Synspilum, entre outros;

* Alguns Gobys vivem apenas em densidade acima de 1.018 que já é considerado marinho.

 

Lembre-se que não convém misturar muitas espécies em um tanque salobro, pois cada uma tem sua particularidade e hábitos diferentes das outras, portanto é imprescindível estudar muito bem as características dos animais. Hábitos alimentares, tamanho em fase adulta, agressividade, zona do tanque em que costuma viver, tamanho mínimo do tanque recomendado, compatibilidade, entre outras são informações que deverá possuir antes de escolher os futuros peixes.

 

Veja na segunda parte do artigo, espécies recomendadas a este tipo de montagem e algumas características.

Algumas espécies e alguns detalhes:

 

Nem todos peixes listado abaixo são compatíveis entre si, estude bem antes de adquiri-los levando em consideração aspectos importantes como dieta alimentar, tamanho adulto, densidade da água, agressividade.

 

Arqueiro (Toxotes jaculatrix)

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Foto: Aqwafoto.pl

 

pH: Levemente Alcalino

Temperatura: 24ºC à 28ºC

Sociabilidade: Grupo

Comportamento: Pacífico (come peixes menores)

Dieta: Carnívoro

Tamanho mínimo do aquário: 200l

Distribuição: Ásia e Oceania

Tamanho Máximo: 25cm

Zona do aquário: Meio e Superfície

 

Arqueiros são peixes interessantes, possuem o hábito de "cuspirem" água em insetos próximo a superfície, fazendo-o cair na água onde será devorado, podendo “cuspir” a uma distância de até 2m. Sua reprodução em cativeiro é muito difícil de ocorrer.

Estes peixes não exigem um aquário muito alto, porém o tanque deverá ser comprido e largo principalmente.

Costumam freqüentar mais a superfície e meio do tanque.

Se desejar manter um cardume destes peixes, deverão ser colocados todos de uma só vez e de tamanho aproximado.

- Alimentá-los com alimentos vivos sempre que possível (semanalmente), pois possuem hábito carnívoro. Preferencialmente deverão ser alimentados com rações flutuantes.

- Peixes jovens podem migrar para água doce por algum tempo, mas retornam a água salobra onde vivem a maior parte do tempo.

 

 

Mudskipper Atlântico (Periophthalmus barbarus)

mudskipper.jpg

pH: Alcalino

Temperatura: 25ºC à 28ºC

Sociabilidade: Grupo

Comportamento: Pacífico (come peixes menores)

Dieta: Carnívoro

Tamanho mínimo do aquário: 200l

Distribuição: Senegal até Angola (Leste Africano)

Tamanho Máximo: 20cm

Zona do aquário: Meio e superfície

 

Mudskippers possuem habilidade de se arriscar em terra por longos períodos, portanto se deseja criá-los, terá que reservar uma área seca e outra com água. Pode-se usar montagens de mangues ou mesmo empilhar inúmeras rochas no sentido que algumas fiquem fora d´água. A densidade desejável para estes peixes gira em torno de 1.005 a 1015. Uma preciosa dica é sempre manter seu tanque bem fechado assegurando que não escape, pois estes peixes são ariscos e freqüentemente podem ser vistos pelos cômodos da casa se o tanque não for bem tampado. O peixe arqueiro é uma boa companhia para Mudskippers.

 

 

Peixe-gato Colombiano (Arius seemanni)

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Foto: heidbrink.de

 

pH: Ligeiramente Alcalino

Temperatura: 25ºC à 28ºC

Sociabilidade: Grupo

Comportamento: Pacífico (come peixes menores)

Dieta: Carnívoro

Tamanho mínimo do aquário: 350l

Distribuição: Sul da Califórnia (USA) até Colômbia

Tamanho Máximo: 40cm

Zona do aquário: Fundo

 

O Arius está entre o mais desejado peixe-gato entre os amantes destas espécies. São peixes com olhos grandes, corpo poderoso prata (parece cromado) e bem ativos. Embora predatórios, não são agressivos e podem fazer companhia com outros ciclídeos. Este peixe muitas vezes é confundido com o famoso Jordani (Arius Jordani) e vive tanto em água doce ou salobra, podendo serem vistos as vezes no mar. O tanque mínimo recomendado para esta espécie é 350l e deverá possuir excelente filtragem e um nível de oxigênio muito bom. Densidade especifica entre 1.005 a 1.015 é desejável para estes peixes.

 

 

Black Belt (Cichlasoma maculicauda)

backbelt.jpg

Foto: elacuarista.com

 

pH: Neutro

Temperatura: 28ºC

Sociabilidade: Sozinho / Casal

Comportamento: Agressivo

Dieta: Onívoro

Tamanho mínimo do aquário: 200l

Distribuição: América Central

Tamanho Máximo: 30cm

Zona do aquário: Todas

 

Ciclídeo de grande porte e extremamente agressivo e em minha opinião um dos mais belos Ciclídeo da América Central e muito inteligente, capaz de interagir excepcionalmente com o dono. O tanque deverá possuir decorações com muitas rochas para servir de abrigo. Deverá mantê-lo sozinho ou em casal, nunca com peixes menores ou pacíficos. Se optar por mantê-los com outros peixes, assegure-se que o peixe que irá manter junto possui o mesmo nível de agressividade e que tenha um tanque relativamente grande para amenizar disputas por territórios. Embora preferem pH neutro a levemente alcalino, poderá mantê-los em água salobra com densidade baixa (em torno de 1.005 ou menos). Sua alimentação deverá ser a mais diversificada possível com abundância vegetal.

 

 

Abelinha (Hypogymnogobius xanthozona)

 

Foto: wetwebmedia.com

abelinha.jpg

pH: Alcalino

Temperatura: 25ºC à 28ºC

Sociabilidade: Grupo

Comportamento: Pacífico

Dieta: Carnívoro

Tamanho mínimo do aquário: 50l

Distribuição: Java, Sumatra e Bórneo

Tamanho Máximo: 4cm

Zona do aquário: Fundo

 

Peixe habitual de água salobra, será necessário adicionar sal marinho na água e plantas flutuantes para reduzir a iluminação excessiva em vista que estes peixes preferem zonas mais escuras. Embora seu tamanho seja pequeno, podem agredir outros peixes ou se alimentar de peixes menores do mesmo tamanho ou menores.

Sua reprodução em cativeiro é um tanto difícil, a fêmea desova ovos em alguma superfície lisa onde o macho desempenhará sua função, costumam eclodir em 3 à 5 dias. Sua dieta deverá ter como base alimentos vivos. Deverá ser evitado colocar com peixes maiores por questões óbvias.

 

 

Enguia Americana (Anguilla rostrata)

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Foto: Garold W. Sneegas

 

pH: Ligeiramente Alcalino

Temperatura: 22ºC à 28ºC

Sociabilidade: Sozinho

Comportamento: Agressivo

Dieta: Carnívoro

Tamanho mínimo do aquário: 900l

Distribuição: Atlântico norte, sobretudo costa americana

Tamanho Máximo: 120cm

Zona do aquário: Fundo

 

A Enguia "americana" é uma das espécies que migram do oceano para estuários. Em sua fase jovem são transparentes e relativamente fácil de se coletar sendo que normalmente os machos preferem permanecer próximo a água salobra e a fêmea muitas vezes acaba subindo rio acima podendo até ser encontrada em água doce.

Este peixe cresce relativamente rápido e muito, seu tanque deverá ser o maior possível, principalmente no comprimento e largura, possuindo água ligeiramente salobra. Em fase adulta tende a ser muito agressivo com os demais peixes sendo aconselhado mantê-la apenas com peixes maiores e agressivos. A alimentação de exemplares jovens deverá ser à base de plâncton, camarões e outros alimentos vivos menores, em fase adulta preferem invertebrados vivos, lagosta, carne (deverá afundar) e peixes.

Estes peixes costumam ser bem ativo e possui hábitos noturnos, mantenha seu tanque sempre bem fechado para evitar que pulem.

 

 

Enguia de "água-doce" (Echidna rhodochilus)

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Foto: Robert M. Fenner

 

pH: Ligeiramente Alcalino

Temperatura: 22ºC à 28ºC

Sociabilidade: Sozinho

Comportamento: Pacífico

Dieta: Carnívoro

Tamanho mínimo do aquário: 200l

Distribuição: Pacífico Ocidental

Tamanho Máximo: 50cm

Zona do aquário: Fundo

 

Embora vendido com freqüência como peixe de água-doce, são peixes de água salobra e vivem melhores se mantidos em tal água.

Companheiros ideais para Monos e Scats pode facilmente adaptar-se a condições marinhas, mas densidade entre 1.005 à 1.010 será mais aceitável para sua saúde a longo prazo. Como boa parte das Enguias, são predadores se alimentando de pequenos peixes e invertebrados, embora esta espécie seja pacífica com peixes maiores e dependendo do tamanho do tanque, poderá aceitar a presença de outra.

Muitas vezes podemos nos deparar com problemas em fornecer alimentos para Moréias, uma dica é amarrar minhocas ou camarões em linha de algodão e colocar no aquário como se estivesse "pescando", passe o alimento próximo a ela e vá puxando no sentido que ela fique ativa e vá atrás do alimento, é uma boa diversão e ao mesmo tempo estará estimulando seus instintos, onde em breve voltará a se alimentar sozinha.

 

 

Guppy (Poecilia reticulata)

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Foto: ? (Guarú, variedade selvagem do Lebiste)

 

pH: Ligeiramente Alcalino

Temperatura: 22ºC à 28ºC

Sociabilidade: Grupo

Comportamento: Pacífico

Dieta: Onívoro

Tamanho mínimo do aquário: 40l

Distribuição: América Central até o Brasil

Tamanho Máximo: 5cm

Zona do aquário: Todas

 

Os Guppies estão entre os peixes mais populares, são calmos, amistosos, resistentes e ótimos reprodutores. Em aquários deverá usar sempre um número maior de fêmeas do que machos. Sua expectativa de vida gira em torno de três anos e existem as mais variadas cores para aquarista nenhum colocar defeito. Vendido como peixes de água-doce, podem se adaptar a condições salobras desde que a densidade seja sempre menor que 1.010

 

 

Peixe-vidro (Parambassis ranga)

vidro_indian.jpg

Foto: wetwebmedia.com

 

pH: Ligeiramente Alcalino

Temperatura: 24ºC à 28ºC

Sociabilidade: Grupo

Comportamento: Pacífico

Dieta: Onívoro

Tamanho mínimo do aquário: 50l

Distribuição: Paquistão, Índia, Tailândia e Malásia

Tamanho Máximo: 8cm

Zona do aquário: Todas

 

Peixe muitas vezes desprezado por não possuir cores, o vidro indiano é totalmente transparente sendo possível visualizar toda sua estrutura interna. Possui o comportamento muito tímido sendo companheiros ideais para Guppys. O dimorfismo é um tanto complicado, porém quando bem ambientados no tanque, os machos possuem uma borda levemente azulada sem suas nadadeira anal e dorsal. Sua reprodução em cativeiro é relativamente fácil onde uma dica é variar a temperatura para que a ocorra.

 

 

Kribensis (Pelvicachromis pulcher)

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Foto: Erik Olson

 

pH: Ligeiramente Alcalino / Neutro

Temperatura: 24ºC à 28ºC

Sociabilidade: Casal

Comportamento: Pacífico

Dieta: Onívoro

Tamanho mínimo do aquário: 50l

Distribuição: África Ocidental

Tamanho Máximo: 6cm

Zona do aquário: Meio e Fundo

 

Este pequeno ciclídeo é característico dos deltas ligeiramente salobro e córregos encontrados na África Ocidental e de adaptam facilmente a água doce ou levemente salobra. Um peixe muito usado em aquários plantados devido a sua rusticidade, cuja água tende a ser mais ácida. São peixes de fácil reprodução e normalmente "criam" seus alevinos. Seu comportamento é pacífico, porém não costuma aceitar outros exemplares no mesmo espaço, sobretudo em tanques menores, portanto se deseja manter mais de um casal, certifique-se que tenha espaço suficiente e principalmente tocas para se refugiarem.

 

Molinésia (Poecilia latipinna)

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Foto: nativefish.org

 

pH: Ligeiramente Alcalino

Temperatura: 24ºC à 28ºC

Sociabilidade: Grupo

Comportamento: Pacífico

Dieta: Onívoro

Tamanho mínimo do aquário: 40l

Distribuição: América do Norte

Tamanho Máximo: 6cm

Zona do aquário: Todas

 

Outro peixe muito popular vendido freqüentemente como peixe de água-doce devido sua rusticidade. Este peixe poderá ser mantido em água levemente salobra podendo reproduzir facilmente. Deverá ser mantido com peixes pequenos e dóceis. Muitos os mantém em condições marinha, que acaba diminuindo drasticamente sua expectativa de vida.

 

Mono (Monodactylus argenteus)

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Foto: Emiliano Spada

 

pH: Ligeiramente Alcalino

Temperatura: 24ºC à 28ºC

Sociabilidade: Grupo

Comportamento: Pacífico

Dieta: Onívoro

Tamanho mínimo do aquário: 200l

Distribuição: África a Indonésia e parte da Ásia

Tamanho Máximo: 20cm

Zona do aquário: Meio

 

O Mono argenteus pode ser encontrado em água salobra desde a costa oriental da África a Indonésia e parte da Ásia. Está entre o mais procurados para montagens brackish devido o formato triangular de seu corpo. Sua nadadeira dorsal, anal e causal são levemente amarelas que só podem ser notado quando o peixe atinge sua maturidade.

O tanque para abrigar estas espécies deverá possuir bastante espaço para sua rápida natação, já que são peixes bem ativos (embora tímidos) e costumam nadar freqüentemente em cardumes (opte por sempre adquirir no mínimo 4 ou 5 exemplares) e podem se alimentar de peixes menores quando maiores. O Monodactylus Sebae também é encontrado em água salobra e possui praticamente os mesmos hábitos do M. argenteus.

 

 

Scat (Scatophagus argus)

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Foto: ?

 

pH: Ligeiramente Alcalino

Temperatura: 24ºC à 28ºC

Sociabilidade: Grupo

Comportamento: Pacífico

Dieta: Onívoro

Tamanho mínimo do aquário: 200l

Distribuição: Indo Pacífico

Tamanho Máximo: 30cm

Zona do aquário: Meio

 

Scats são peixes grandes com corpo comprido e sua cor pode variar de verde ao amarelo com diversos pontos sobre seu corpo. Estes peixes possuem espinhos venenosos. Ao adquirir esta espécie, é sempre melhor possuir 2 ou 3 espécies jovens.

São peixes que vivem sua juventude em água salobra e migram para o mar após alguns anos. Uma densidade entre 1.010 a 1.018 será bem vinda para eles caso deseje mantê-los com outros peixes como Monos.

Sua dieta deverá sempre ser complementado com alimentação vegetal e são extremamente sensíveis as presenças de altos índices de amônia ou nitratos.

 

 

Targetfish (Terapon jarbua)

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Foto: Friedhelm Krupp

 

pH: Ligeiramente Alcalino

Temperatura: 24ºC à 28ºC

Sociabilidade: Grupo

Comportamento: Pacífico

Dieta: Carnívoro

Tamanho mínimo do aquário: 250l

Distribuição: Indo Pacífico

Tamanho Máximo: 35cm

Zona do aquário: Meio

 

O targetfish é uma espécie "clássica" do brackish. São peixes bem ativos que necessitam de um bom espaço para nadarem em grupos, costumam comer peixes menores. Requer mantê-lo em densidade média.

 

 

Goby Violeta / Peixe Dragão (Gobioides broussoneti)

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Foto: E. O. Murdy

 

pH: Ligeiramente Alcalino

Temperatura: 24ºC à 28ºC

Sociabilidade: Sozinho

Comportamento: Pacífico

Dieta: Carnívoro

Tamanho mínimo do aquário: 200l

Distribuição: Carolina do Norte (USA) até região Sudeste do Brasil

Tamanho Máximo: 50cm

Zona do aquário: Fundo

 

O Goby violeta ou peixe-dragão como também é conhecido, não confundir com o Dragão Chinês, deverá ser mantido em água levemente salobra. O aquário deverá possuir muitos refúgios ou tubos de PVC para o peixe se abrigar já que possui hábitos noturnos. Apesar de crescerem muito e possuírem aparência apavorante, são peixes bem calmos tendo que evitar colocá-los com peixes mais agressivos ou peixes menores que poderão ser devorados.

 

 

Bullrout (Notesthes robusta)

bullrout.jpg

Foto: E. Schlögl

 

pH: Ligeiramente Alcalino

Temperatura: 24ºC à 28ºC

Sociabilidade: Sozinho

Comportamento: Agressivo

Dieta: Carnívoro

Tamanho mínimo do aquário: 150l

Distribuição: Austrália

Tamanho Máximo: 30cm

Zona do aquário: Meio / Fundo

 

Peixe muito raro em aquário e pouco recomendado para iniciantes; possui forte hábito predatório sendo mais ativo durante a noite.

Possui espinhos venenosos em sua nadadeira dorsal e a usa como forma de defesa de outros peixes maiores. A coloração do Bullrout varia muito sendo a mais freqüente a cor marrom e podem chegar a 30cm. Vivem na Austrália e se adaptam facilmente a todo tipo de água (doce, marinha e salobra) sendo ideal mantê-lo em água salobra com densidade por volta de 1.010 e embora predadores, costumam aceitar pedaços de carnes e alimentos congelados.

 

 

Gar Cubano (Atractosteus tristoechus )

gar_cuban.jpg

Foto: primitivefish

 

pH: Neutro / Ligeiramente Alcalino

Temperatura: 24ºC à 28ºC

Sociabilidade: Sozinho

Comportamento: Agressivo

Dieta: Carnívoro

Tamanho mínimo do aquário: 1300l

Distribuição: Cuba

Tamanho Máximo: 180cm

Zona do aquário: Meio / Superfície

 

Espécie muito grande e rara de peixe-agulha, raramente são encontrados em lojas podendo ser observado geralmente em aquários públicos.

O tanque obviamente deverá ser grande para abrigá-lo contendo rochas e plantas altas, sendo indicado mantê-los em ph neutro a levemente alcalino. Sua alimentação deverá ser ministrada principalmente com alimentos vivos, embora possam aceitar ração industrializada.

Infelizmente esta espécie se encontra a beira da extinção.

 

 

Gar "Jacaré" (Atractosteus spatula)

gar_aligattor.jpg

Foto: fishbase.org

 

pH: Neutro

Temperatura: 24ºC à 28ºC

Sociabilidade: Sozinho

Comportamento: Agressivo

Dieta: Carnívoro

Tamanho mínimo do aquário: 2.500l

Distribuição: Rio Mississippi (USA) e Golfo do México

Tamanho Máximo: 300cm

Zona do aquário: Meio / Superfície

Considerado o maior peixe-agulha chegando a quase 3 metros de comprimento, obviamente não é qualquer aquarista que pode manter em sua residência um peixe deste porte e por isso são vistos principalmente em aquários públicos. Estes peixes se alimentam praticamente de tudo, sobretudo de peixes vivos. Vivem principalmente em água-doce, mas podem viver em água salobra com baixa densidade. Algumas espécies podem aceitar somente alimentos vivos e outros podem aprender a comer carnes e pelets para ciclídeos.

 

 

Peixe Mosquito (Heterandria formosa)

mosquito.jpg

Foto: aquadings.de

 

pH: Neutro / Ligeiramente Alcalino

Temperatura: 24ºC à 28ºC

Sociabilidade: Grupo

Comportamento: Pacífico

Dieta: Onívoro

Tamanho mínimo do aquário: 25l

Distribuição: América do Norte

Tamanho Máximo: 2cm

Zona do aquário: Todas.

 

Considerado um dos menores peixe do mundo, este peixe é muito apreciado pelos aquaristas devido a seu tamanho reduzido e suas várias cores escura espalhadas pelo corpo. Peixe muito comum na América do Norte, sua média de vida está entre as menores também variando não mais que 2 anos (com raras exceções). Peixe ideal para se manter em aquário plantado junto com peixes como Guppys (não maiores que estes) e costumam aceitar sem maiores problemas todo tipo de ração, sobretudo flocos. Embora sejam peixes considerados rústicos, apreciam um pH neutro a levemente alcalino, podendo ser também adaptado em pH levemente ácido.

 

 

Empire Gudgeon (Hypseleotris compressa)

empire.jpg

Foto: ?

 

pH: Neutro

Temperatura: 24ºC à 28ºC

Sociabilidade: Grupo

Comportamento: Pacífico

Dieta: Onívoro

Tamanho mínimo do aquário: 100L

Distribuição: Austrália e Nova Guiné

Tamanho Máximo: 10cm

Zona do aquário: Fundo e Meio

 

Em minha opinião, considero estes peixes um dos mais belos da água salobra/doce, é um ótimo atrativo para aquários plantado ou comunitário. Possui o corpo escuro com barriga vermelha e nadadeiras quem podem variar muito a cor passando desde vermelho, amarelo, preto e branco. Aceitam relativamente bem viver em água levemente salobra.

 

 

Tiger-fish (Datnioides quadrifasciatus)

tiger_4barras.jpg

Foto: fishbase.org

 

pH: Neutro

Temperatura: 24ºC à 28ºC

Sociabilidade: Grupo

Comportamento: Agressivo

Dieta: Carnívoro

Tamanho mínimo do aquário: 300l

Distribuição: Ásia e Oceania

Tamanho Máximo: 30cm

Zona do aquário: Todas

 

Uma das menores espécies entre os tiger-fish (peixe-tigre), deverá sempre ser mantido em água salobra e apesar de agressivos, costumam tolerar outro exemplar por perto, desde que o tanque seja relativamente grande. Recomendado apenas para aquaristas experientes, devido dificuldades em alimentá-los onde sua preferência tende a alimentos vivos apenas, recusando rações ou mesmo pedaços de carne. O tanque para abrigá-los deverá possuir muitas plantas e rochas para que se ambientem melhor.

 

 

Puffer Gigante (Tetraodon mbu)

pugger_giant.jpg

Foto: thetropicaltank.co.uk

 

pH: Levemente Alcalino

Temperatura: 24ºC à 28ºC

Sociabilidade: Sozinho

Comportamento: Agressivo

Dieta: Carnívoro

Tamanho mínimo do aquário: 500l

Distribuição: Rios do Congo

Tamanho Máximo: 70cm

Zona do aquário: Todas

 

Como seu nome sugere, este Puffer é muito grande e deverá ser mantido em um bom espaço a fim de prosperar. Originário dos rios mais baixos do Congo e parte do lago Tanganyika. São peixes muito agressivos e se o deseja manter com outras espécies de peixes, deverá escolher com cuidado. São encontrados em água salobra e é um peixe altamente carnívoro sendo que sua alimentação deverá ser ministrada com alimentos vivos ou congelada, embora possam vir a recusar o segundo. Mariscos são bem vindo em sua dieta a modo de "gastar" deu osso localizado na região próxima a sua boca.

 

 

Mexerica Verde (Etroplus suratensis)

mexirica_verde.jpg

Foto: aquamojo.com

 

pH: Alcalino

Temperatura: 24ºC à 28ºC

Sociabilidade: Sozinho

Comportamento: Agressivo

Dieta: Onívoro

Tamanho mínimo do aquário: 200l

Distribuição: Índia e Sri Lanka

Tamanho Máximo: 40cm

Zona do aquário: Meio

 

Um Ciclídeo grande e agressivo, o Mexirica Verde terá vida mais longa se mantido em água salobra e pH alcalino. Ávidos comedores de plantas, a decoração do aquário deverá ser composta basicamente de rochas.

 

 

Goby Dorminhoco/Marbled (Oxyeleotris marmorata)

goby_dorm.jpg

Foto: ?

 

pH: Levemente Alcalino

Temperatura: 24ºC à 28ºC

Sociabilidade: Sozinho

Comportamento: Agressivo

Dieta: Carnívoro

Tamanho mínimo do aquário: 300l

Distribuição: Sudeste Asiático

Tamanho Máximo: 55cm

Zona do aquário: Fundo

 

Embora chamado de Goby, o Goby dorminhoco pertence a família Eleotridae e não da família dos Gobys verdadeiros (Gobiidae). Uma característica marcante é que ao contrário dos Gobys verdadeiros, possuem duas nadadeiras dorsais. É um peixe caçador noturno e requer alimentos vivo em abundância, embora possa dificilmente aceitar rações de fundo. O aquário deverá estar munido de muitas plantas, troncos e rochas para servir de refúgio durante o dia, já que literalmente é um peixe "dorminhoco" com despertar sempre a noite.

Uma importante observação é que o Goby Marbled é um peixe que pode consumir em uma só noite seu próprio peso e comerá qualquer coisa que se mover em sua frente independente do tamanho, desde que caiba em sua boca.

 

 

Peixe-Agulha (Xenentodon cancila)

agulha.jpg

Foto: Hans George

 

pH: Neutro / Levemente Alcalino

Temperatura: 24ºC à 28ºC

Sociabilidade: Grupo

Comportamento: Pacífico

Dieta: Carnívoro

Tamanho mínimo do aquário: 150l

Distribuição: Ásia

Tamanho Máximo: 35cm

Zona do aquário: Superfície

 

Peixe pacífico, embora poderá comer todos peixes menores que couberem em sua boca grande. Gostam de água ligeiramente salobra e sua ambientação no tanque deverá ser feita da melhor maneira possível e observada durante há primeira semana. Mantenha o aquário tampado, já que além de viver sempre rente a superfície, costuma dar seus "pulos".

 

 

Mexirica Laranja (Etroplus maculatus)

mexirica_laranja.jpg

Foto: Club Aquaria Russo

 

pH: Alcalino

Temperatura: 24ºC à 28ºC

Sociabilidade: Grupo

Comportamento: Pacífico

Dieta: Onívoro

Tamanho mínimo do aquário: 100l

Distribuição: Índia e Sri Lanka

Tamanho Máximo: 8cm

Zona do aquário: Meio

Este peixe em fase jovem costuma ser confundido com outro ciclídeo, o Red Devil, devido seu corpo alaranjado. No Brasil são peixes populares e muitas vezes mantidos erroneamente em água-doce sendo que preferem água levemente salobra onde se desenvolvem muito mais, além de apresentarem cores fantásticas. Vejo muitas perguntas por aí do tipo: Meu Mexerica não passa dos 4cm, porque? Meu Mexirica não possui cores vibrantes, porque? Está aí a resposta mais plausível...

 

 

 

Gobião Roxo-listrado (Ogurnda mogurnda)

redmog01.jpg

 

pH: Neutro

Temperatura: 24ºC à 28ºC

Sociabilidade: Grupo

Comportamento: Pacífico

Dieta: Onívoro

Tamanho mínimo do aquário: 100l

Distribuição: Austrália e Papa Nova Guiné

Tamanho Máximo: 15cm

Zona do aquário: Meio / Fundo

 

Espécie resistente que pode viver tanto em água doce ou salobra. São peixes escavadores, deverá possuir um substrato de areia que será melhor apreciado. Apesar de pacífico, é um peixe bem territorial com seus semelhantes, portanto deverá possuir bastante espaço e tocas para cada um demarcar sei território. Sua alimentação deverá ser a mais variada possível.

 

 

Ciclídeo Synspilum / Redheaded (Cichlasoma synspilum)

redhead.jpg

Foto: ?

 

pH: Levemente Alcalino

Temperatura: 24ºC à 28ºC

Sociabilidade: Casal

Comportamento: Pacífico

Dieta: Onívoro

Tamanho mínimo do aquário: 200l

Distribuição: Mexico, Guatelama E Belize

Tamanho Máximo: 40cm

Zona do aquário: Meio / Fundo

 

Outro grande ciclídeo que desenvolve um "galo" em sua cabeça. São peixes pouco vistosos quando jovens, que vão desenvolvendo sua coloração conforme vão crescendo ficando bem bonitos com cores vibrantes. Considerado um dos maiores ciclídeos chegando a 40cm e são encontrados freqüentemente em água salobra com baixa densidade. Se diversos machos forem mantidos juntos, o dominante pode desenvolver um "caroço" ainda maior em sua cabeça. Seu temperamento é muito similar ao do Oscar, porém mais tímidos e vivem em rios e córregos lentos se adaptando conforme se desenvolvem no aquário, diminuindo sua timidez com o tempo.

Uma curiosidade interessante é que o famoso peixe Papagaio é descendente deste peixe, surgiu entre o cruzamento de fêmea de Cichlasoma synspilum com Cichlasoma citrinellum.

 

Espada (Xiphophorus hellerii)

espadas.jpg

Foto: elacuarista.com (var. Redjet)

pH: Levemente Alcalino

Temperatura: 24ºC à 28ºC

Sociabilidade: Grupo

Comportamento: Pacífico

Dieta: Onívoro

Tamanho mínimo do aquário: 50l

Distribuição: América Central

Tamanho Máximo: 10cm

Zona do aquário: Meio / Superfície

 

Um dos peixes mais populares, especialmente entre os novatos. Seu nome vem em alusão a sua nadadeira caudal prolongada que indica se tratar de um macho. Atualmente existem diversas cores entre estes peixes, devido à seleção por criadores.

É um peixe rústico e calmo não requerendo um tanque muito grande, desde que este possua um mínimo de espaço para sua natação, pois são peixes bem ativos e o mantenha com tampa. Vivem tranqüilamente em água salobra com baixa densidade. Comem praticamente de tudo. Uma curiosidade sobre esta espécie é que devido a falta de hormônios, a fêmea adulta poderá virar macho, dependendo da necessidade.

 

 

Banjo (Platystacus cotylephorus)

banjo.jpg

Foto: planetcatfish.com

 

pH: Neutro

Temperatura: 24ºC à 28ºC

Sociabilidade: Sozinho

Comportamento: Pacífico

Dieta: Onívoro

Tamanho mínimo do aquário: 150l

Distribuição: Bacia Amazônica

Tamanho Máximo: 25cm

Zona do aquário: Fundo

 

Peixe pacífico com longa cauda, pode ser mantido em água-doce ou salobra com baixa densidade. O tanque deverá possuir areia no substrato para uma melhor ambientação deste peixe. Bom para tanques comunitário.

 

 

Peixe Cachimbo (Microphis brachyurus)

cachimbo.jpg

Foto: nativefish.org

 

pH: Levemente Alcalino

Temperatura: 24ºC à 28ºC

Sociabilidade: Grupo

Comportamento: Pacífico

Dieta: Carnívoro

Tamanho mínimo do aquário: 100l

Distribuição: Ásia

Tamanho Máximo: 25cm

Zona do aquário: Meio

 

Parente próximo do Cavalo-marinho, este peixe dificilmente se habitua a cativeiro. O aquarista que deseja mantê-lo deverá atentar em sua alimentação, costuma aceitar apenas alimentos vivos como artêmia e deve-se evitar criá-lo com peixes mais rápido em vista que são peixes bem lentos em seus movimentos. O exemplar da foto acima é encontrado em boa parte da Ásia e existe outro mais comum espalhado pela Europa (Syngnathus Abaster), principalmente na costa portuguesa possuindo características idênticas a seu primo asiático com exceção que prefere água com pH mais puxado para o neutro e chegam a 15cm em média.

 

 

Informações adicionais de densidade:

 

1.000 à 1.005 - Água doce / levemente salobro

1.006 à 1012 - Moderadamente salobro

1.012 à 1017 - Salobro

1.018 acima - Marinho

Conclusões finais:

 

Se deseja um tanque diferente e com características únicas, bem vindo!!

Há uma infinidade de peixes e estilos de tanques para se montar (use sua imaginação), mas tenha sempre em mente que a grande maioria dos peixes salobros são coletados, raramente se reproduzindo em cativeiro (há exceções como os Poecilídeos e alguns Ciclídeos). Portanto sua responsabilidade em adquirir estes peixes deverá ser dobrada, bem como o estudo e a manutenção perante seu tanque e peixes.

 

Não os adquira pensando apenas se tratar meros peixes "exóticos" e "diferentes", possuem vida e esta deverá ser respeitada e principalmente tratada da melhor forma possível, respeitando suas exigências e novamente repito: estude e muito antes de montar ou povoar seu tanque para evitar desilusões desnecessárias. Manter um tanque brackish, depois de estabilizado, é relativamente bem mais fácil que um tanque dulcícola.

 

Boa sorte!

 

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Autor: Edson Rechi

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Grande tópico, sim senhor!

 

Muito bom mesmo!

 

Parabéns!!

 

Para além do mais, deu-me bastante jeito, pois estou a pensar montar um aqua de áqua salobra para criar alguns tipos de camarões...

 

Parabéns mais uma vez.

 

Abraços!!

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Só agora reparei que o tópico criado pelo speedgupy é practicamente igual, a fonte deve ter sido a mesma...

 

http://www.forumaquario.com.br/portal/tx_brackish.html

 

Mas como este tem mais imagems talvez cative mais adeptos ;)

 

 

Eu estou neste momento a montar um aquario de 150x50x65 de agua salobra. Gosto muito destes peixes... pena que os importadores e logistas já não apostem muito neles, pois o numero de possoas que conhece este tipo é muito reduzido, e estes peixes requerem um tanque só para eles ... até a aquaplante já desactivou o tanque que tinha para agua salobra.

 

Agora é practicamente só por encomenda ....

 

 

Cumps

Editado por wolfdemon
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