Miguel Marques

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Posts publicado por Miguel Marques

  1. fonte: http://www.engenhariae.com.br/meio-ambiente/conheca-o-animal-que-mais-salvou-vidas-humanas-ate-hoje/

     

     

     

    Conheça o animal que mais salvou vidas humanas até hoje

    Nas últimas semanas muitas pessoas tem protestado por conta do uso de animais em pesquisas. Teve o caso dos Beagles, testes em macacos, ratos e etc. Mas e você, sabe qual o animal que mais salvou vidas humanas até hoje?

    Não é o cão, como muita gente pode ter pensado, nem mesmo o leal cavalo, nem o valente pombo-mensageiro. O salvador vem do mar: é o caranguejo-ferradura!

    O caranguejo-ferradura (Limulus polyphemus) é um dos seres vivos mais antigos que existem no planeta. Uma estranha criatura que parece saída do filme “Alien”, capaz de suportar até um ano sem se alimentar e de resistir temperaturas e salinidades extremas. Um fóssil vivo que habita nosso planeta há 445 milhões de anos, antes mesmo que os dinossauros.

    caranguejo_ferradura_03.jpg

    Hoje em dia, seu número encontra-se em decréscimo de forma lenta, mas constante, devido à mudança climática, a pesca predatória e a captura para a indústria farmacêutica. Infelizmente para o bicho, seu cotado sangue azul tem numerosos usos médicos e é utilizado para salvar inumeras vidas humanas.

    Desde 1950, quando cientistas descobriram que o sangue de cor azul do caranguejo-ferradura se coagulava em contato com as bactérias E.coli e Salmonela, as pesquisas nunca mais pararam. Um destes últimos estudos se concentrou em um peptídeo que os caranguejos-ferradura elaboram e que inibe a replicação do Vírus da Imunodeficiência Humana.

    Os ensaios pré-clínicos mostram que é tão efetivo como a zidovudina, um medicamento clássico contra a SIDA. Inclusive astronautas da NASA testaram na Estação Espacial Internacional um dispositivo médico de alta tecnologia que utiliza enzimas primitivas dos caranguejos-ferradura para o diagnóstico de doenças humanas.

    caranguejo_ferradura_07.jpg

    O segredo que faz com que o sangue do caranguejo seja de grande utilidade para a indústria biomédica está baseado na simplicidade e efetividade de seu sistema imunológico. Uma verdadeira cascata de enzimas, que produzem coagulação quando se encontram com o material das paredes celulares da maioria das bactérias. Os caranguejos-ferradura vivem sob constante ameaça da infecção em um habitat que pode conter milhares de milhões de bactérias por mililitro.

    A diferença dos seres humanos, os caranguejos não têm hemoglobina no sangue, com isso, eles utilizam a hemocianina para transportar oxigênio. E é devido à presença de cobre na hemocianina e não de ferro, que o sangue adquire a peculiar cor azul.

    É tão importante este sangue azul que provavelmente muitos de nós devemos a vida a esses caranguejos. E não é um exagero já que o LAL (lisado de amebócitos de Limulus) extrato aquoso de amebócitos do caranguejo é utilizado com frequência em testes para detectar as endotoxinas bacterianas em numerosos produtos farmacêuticos. Além de ser uma forma singela, barata e segura para detectar impurezas, é uma ferramenta importante no desenvolvimento de novos antibióticos e vacinas.

    caranguejo_ferradura_05.jpg

     

    O sangue do caranguejo-ferradura não só se converteu em uma poderosa “arma médica”, como também é um grande negócio. No mercado mundial, um litro de sangue deste caranguejo tem um preço aproximado de 15.000 dólares.

    Ao ano, precisa-se do sangue de pelo menos 500.000 caranguejos, dos quais são extraídos em torno de 100 mililitros perfurando o pericárdio de seu primitivo coração. Mas, calma! Antes que você ache que os bichinhos precisem morrer para isso, saiba que o sacrifício deles não é necessário. Para obter o seu sangue valioso, os caranguejos são “ordenhados” manualmente por profissionais cuidadosos e, apesar de perderem 30% de seu peso, depois eles se recuperaram rápido e são devolvidos à água. Durante o processo, “apenas” 15% dos caranguejos morrem.

    Os caranguejos passam por essa ordenha apenas uma vez por ano, sendo que seu sangue é posteriormente congelado, desidratado e, em seguida, enviado às instituições de pesquisas médicas e laboratórios.

     

    Mais informação sobre o Límulo (também conhecido por caranguejo-ferradura): http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADmulo

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  2. Viva Cain.

     

    Se os peixes forem alimentados na dose certa, as suas fezes não saem aos fios. Se os teus peixes estiverem a nadar com os "fios" lá pendurados, é porque estão a ser sobre-alimentados. Reduzir a quantidade de alimentação (e eventualmente aumentar a frequência em que se alimenta) deverá fazer diferença, sempre com comida de qualidade.

    Por vezes, se os fios forem muito longos e/ou sem cor, pode ser sinal de parasitas, e aí deve-se procurar sinais de doença (por exemplo o peixe ficar magro mesmo estando a comer bem).

     

    Agora do que é constituída "aquela membrana que envolve como se fosse uma alheira", alguém que perceba de biologia que explique, mas parece-me uma excelente pergunta para o jpam1993 que postou um tópico a indicar para lhe perguntarmos que ele responde :)

     

    Nota: Nunca mais vou comer alheiras sem me lembrar disto... :D

  3. Parece-me uma excelente investigação.

     

    Deixo outra fonte.

     

    http://saude.sapo.pt/noticias/saude-medicina/biologo-de-aveiro-defende-criacao-de-corais-em-aquario-para-produzir-medicamentos.html

     

     

    Biólogo de Aveiro defende criação de corais em aquário para produzir medicamentos Custo de produção de um novo medicamento poderia descer de 90 a 60%

    8 de outubro de 2013 - 14h33
    Um estudo de um biólogo da Universidade de Aveiro (UA) defende que a indústria farmacêutica deve adotar uma nova estratégia no fabrico de novos fármacos, baseados nos compostos sintetizados pelos corais, revelou hoje aquela Universidade.
    Em vez de investir nas expedições marinhas para capturar os organismos e na sintetização das respetivas moléculas em laboratório, os investigadores da UA apontam a aquacultura de corais como a opção mais eficiente e mais sustentável.
    A equipa da UA, com base em estudos da cultura de corais em aquário, conclui que o custo de produção de um novo medicamento com o auxílio da aquacultura, pode descer de 90 a 60%, dependendo da espécie de coral e do composto alvo.
    "Cada vez mais a fonte de inspiração para novos fármacos está no mar e, por isso, as farmacêuticas estão-se a virar para os oceanos à procura de novos compostos, nomeadamente dos que são produzidos pelos corais", explica Miguel Leal, aluno de doutoramento do Departamento de Biologia da academia de Aveiro.
    No entanto, a indústria farmacêutica tem-se deparado com dificuldades por não existir "uma fonte constante e fiável de compostos naturais de origem marinha, uma vez que os organismos produtores dessas mesmas moléculas não são uma fonte inesgotável" e pelo elevado custo da sua captura em alto mar.
    Miguel Leal conseguiu demonstrar, através da aquacultura de corais, que é possível produzir as quantidades de matéria-prima necessárias para que as farmacêuticas avaliem o potencial do novo composto, até à fase de ensaios pré-clínicos.
    "Não há nenhuma síntese química em laboratório que consiga reproduzir exatamente o mesmo composto natural para além de que, para se chegar ao composto desejado, é preciso fazer muita experimentação e falhar muitas vezes. Mesmo tendo um composto sintetizado à semelhança dos produzidos pelos corais, é preciso provar que funcionam no combate a determinada doença e se a resposta for negativa, todo o enorme investimento é deitado fora e é necessário regressar ao mar para capturar mais amostras", explica.
    Uma das vantagens da aquacultura de corais apontadas pelo investigador "é ter dentro de um aquário não só o verdadeiro composto produzido pelo animal, uma fonte que não falha porque é o produtor natural dessas mesmas moléculas, como também várias espécies prontas a serem estudadas".
    O trabalho de Miguel Leal, realizado no âmbito do Doutoramento, sob orientação do biólogo Ricardo Calado, está publicado na "Trends in Biotechnology", uma revista de referência na área da Biotecnologia.
    Lusa
  4. Tópico limpo.

     

    Espero que os intervenientes possam tirar uns minutos para refletir o modo como o tópico descambou para algo destrutivo.

    Claro que não se quer respostas só de "está bonito" e afins. A rivalidade e competitividade é boa em todos os campos. Ajuda-nos a querer mais e melhor e a querer aprender mais e inovar mais. E no fórum cada vez mais queremos isso para toda a aquariofilia nacional. Queremos portugueses em competição uns com os outros em concursos internacionais por exemplo. Que não se contentem com o "bom" e queiram o "excelente". Mas para isso quer-se uma postura honrosa cá. De "picardia saudável" e discussão construtiva. Gostava muito que este e outros tópicos descambassem para isso, para discussão de métodos diferentes, de modo a que outras pessoas tivessem vontade de ir imediatamente tratar de ter um aquário só para camarões (fossem eles TWA, TAP, RTP, XPTO ou outros, que basicamente foi o que fiquei a perceber, há siglas a mais :D)

     

    Já foi ontem, passemos à frente. Boa aquariofilia a todos :)

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