Cianobacterias


Nelson Pena

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Em primeiro lugar deixei-me chamo-me Nelson e sou do norte mais precisamente da Povoa de Varzim.

Este topico esta relacionado com o problema recente que tenho no meu aquario que posso a descrever...

Tem sensivelmente 1000 litros (2 metros/70cm/70cm).

Sump tem 1,20 m/50cm/50 cm

Escumador Aquamedic 5000 shorty 2

Em termos de circulaçao tenho 4 Eheim 1060 (2280 Litros cada/hora)

70 kgs de rocha viva Indonesia Jakarta

Pelo facto de ter umas algas vermelhas no substrato leva-me a pensar em cianobacterias...Com isto procurei razoes para o aparecimento e talvez o mais forte seja o facto do aquario ser recente (5 meses).Outra da possiveis causas seja excesso de carga organica pelo facto de dar uma alimentaçao farta aos meus peixes e corais...quanto a circulaçao estou pensando fortece-la com mais duas bombas (tunze electronic system 7400/2) em conjunçao com um singlecontroller 7091 Tunze.Alguem ja teve experiencia com este tipo de bombas ou as stream na mesma da tunze?Outra da possiveis causas talvez fosse a agua de reposiçao mas a tres meses para cá que adquiri uma osmose inversa.Estejam a vontade para opinar e se possivel falem das bombas...um abraco

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Viva,

 

grande Nelson, já fizeste as modificações no abastecimento do fluxo ao skimmer? Isto é um dado importante no teu sistema.

 

Concordo com a introdução das bombas mas no aqua e não no sump. relativamente a esse modelo elas são muito boas mas acho que conseguias o mesmo resultado com outra marca mas muito mais baratas.

 

Outra questão fundamental é a quantidade de comida, várias vezes ao dia e muito pouco de cada vez, não te esqueças que o estomago de um peixe nunca é maior que o tamanho do olho. E os restos da comida na ausencia de uma boa equipa de limpeza fazem grandes estragos.

 

E apenas para finalizar o aqua só tem 5 meses, vai com calma homem!!!

Sérgio Dantas

Abraços

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Olá a todos.

Eu tenho duas tunze stream 6060 (6500 l/h) e deixem-me dizer que é de longe superior a qualquer outra bomba que tenha utilizado té hoje. Não só é extremamente económica no consumo (11 ou 17 W se não me engano) como o tipo de fluxo é muito diferente das bombas convencionais uma vez que se espalha por todo o aquário em leque e não numa só direcção. O único senão é o preço... :D Mas são de facto espantosas.

Quanto às cianobactériass concordo com o que foi dito. Com o tempo e talvez reduzindo a quantidade de alimento fornecido, devem desaparecer.

Abraço

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Viva,

 

tens razão Cesar a marca Tunze naquilo que faz, faz bem! O problema não é serem muito caras... O problema é que as nossas carteiras são muito pequenas!!!!!

Sérgio Dantas

Abraços

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sergio curti o tua ultima frase...

cesar porque freferiste as stream as lectronic system.é certo que as stream sao mais potentes mas as electronic system teem a caracteristica de ter uma corrente alternada, tanto tem jactos de 700 l/h como de 4000 litros/hora...

qual achas melhor?explica-me...

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Olá a todos

Bem, eu preferi as stream às electronic porque o tipo de fluxo é muito diferente. è dificil de explicar... só vendo é que se percebe o que quero dizer.. o fluxo é gentil mas rápido e disseminado... E as stream são também controláveis (alguns modelos, as minhas não) mas são muito mais caras e ainda tem de se comprar o controlador que é a parte. Como vocês disseram, o que é tunze é bom e estas bombas são fantásticas... Para aquários grandes é claro. :D

abraço

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Olá Nelson

Também estou de acordo que o teu problema com as algas seja por o aquario ser novo, mas um pouco mais de circulação não vinha mal.

Com respeito ás bombas (eu tenho uma stream 8500 lh não controlada e uma electronic 7400/2 controlada) acho a stream muito mais eficaz.

As duas em conjunto é formam uma equipa séria.

 

Espero que escolhas o que melhor te serve.

 

Um abraço

Escuta os outros, ainda que sejam torpes e ignorantes;

cada um deles tem também uma vida que contar.

 

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  • 4 meses depois...
Pelo facto de ter umas algas vermelhas no substrato leva-me a pensar em cianobacterias...

 

Oi

 

Eu não percebo muito de algas, mas as cianobactérias, como o próprio nome indica, ciano... não são vermelhas mas sim vulgarmente e incorectamente chamadas de algas azuis, pois na verdade são apenas bactérias com pigmentos fotossintéticos clorofila a e ficobilinas(ficocianina-cor azul e ficoeritrina-cor vermelha)

 

Por isso não percebo por que associa algas vermelhas a "bactérias azuis", cianobactérias.

 

Pedia que me esclarecesse

 

Xau e obg

Fórum Selos&Companhia

http://selosecompanhia.pt.vu

Visite-nos!!!

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Viva Nelson

 

As cianobacterias formam uma película vermelha escura que quando é aspirada parace vir em conjunto.

A causa é excesso de matéria orgânica devido a :

- excesso de peixes

- excesso de comida

- escumador subdimensinado ou a funcionar mal ( eu pessoalmente não sou fã dos escumadores da aquamedic e não te podes esquecer de uma vez por semana fazer um flush do tubo de ar com água destilada ( OI )para remover os depositos de sal).

- circulação deficiente ou mal destribuida criando espaços " mortos " onde se acumula materia orgânica e onde crescem as cianobacterias predominantemente .

Quanto às tunze stream só um comentário - são as melhores . Com uma pulsátil e uma fixa em extremos opostos fica excelente.

Rui Ferreira de Almeida

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Então e com duas pulsáteis? (pulsadoras) em cada canto não será ainda melhor?

 

Tou a pensar comprar uma dessas pulsdoras para o meu 200L a 6000 com controlador, 7000L/h. Chego perto das 35x volume.

 

Alguém tem deste conjunto com sensor nocturno? Como é que funciona, diminui o caudal para o mínimo ou desliga a bomba por algum tempo?

 

Bem para voltar ao tópico... tive uma batalha com cyano que ganhei da seguinte maneira: Aumentei a circulação para mais do dobro do que tinha, aspirei a maior quantidade de detritos possível e (sem escumador pq avariou a bomba) mesmo assim o problema continuava. Resolvi apagar as luzes durante 5 dias seguidos e foi aí que consegui debelar o problema. Quando voltei a acender as luzes (progressivamente), ainda tinha alguma coisa, pouca, principalmente no areão e na base de um lobophytum. Fiz uma troca de água grande e aumentei ainda mais a circulação, isto tudo sem escumador. A pouco e pouco o resto de cyano que havia desapareceu.

 

Provavelmente o aumento de circulação teve uma grande influência na cura do problema mas sem dúvida que o que despoletou o seu desaparecimento foi o "apagão".

 

Hoje ainda não tenho escumador a funcionar e cyano visível não tenho.

 

 

manklit

 

manklit

Aluga-se este espaço.

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  • 3 semanas depois...

Oi pessoal,

Sou um novato nesta coisa dos foruns... já agora permitam-me a colherada...

Alguém tem deste conjunto com sensor nocturno? Como é que funciona, diminui o caudal para o mínimo ou desliga a bomba por algum tempo?

Eu tenho. Quando as luzes se apagam as bombas atenuam o fluxo, tornando-se suave a movimentação da água. Não chegam a parar.

Resolvi apagar as luzes durante 5 dias seguidos e foi aí que consegui debelar o problema. Quando voltei a acender as luzes (progressivamente), ainda tinha alguma coisa, pouca, principalmente no areão e na base de um lobophytum

Com esta tua técnica do apagão os corais não se ressentiram? Só tens LPS? 5 dias sem luz é obra... deves ter mantido as actínicas acesas. Em aquário de SPS, possivelmente, alguns corais também se apagariam.

 

Pessoal, faltou dizer que uma vez eliminadas as cianobactérias, não importa por que processo, para que elas não voltem a incomodar - para além das TPA's, melhor circulação, alcalinidae elevada, bla, bla, bla.. - é necessário manter os fosfatos a níveis baixos. À parte: A utilização do Anti Red da aquamedic é eficaz mas, se os fosfatos se mantiverem elevados ou se subirem, é sol de pouca dura. È de lembrar que as cianos criam anti corpos ao produto. Cada vez se tornará mais difícil eliminá-las por este processo.

um abraço a todos,

velidhu

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Viva Velidhu

As cianobacterias não utilizam fosfatos para se multiplicarem mas sim materia organica.

Sendo bacterias não têm capacidade para formar anticorpos mas sim resistências por outros mecanismos ao anti-red ( eritromicina ) embora tal não esteja descrito.

O problema é que usando eritromicina estaremos também a dar cabo do filtro biologico e alem disso apenas vamos ter apenas melhorias temporárias.

O que temos que fazer é diminuir a quantidade de materia organica no aquario, limitando a sua introdução ( comida /peixes ) ou aumentando a sua remoçaõ ( escumador /circulação ). Reduzir o periodo de iluminação ajuda ,mas de facto também pode prejudicar os corais e é apenas uma medida temporaria ,porque a luz é condicão necessária mas não suficiente sendo limitante a matéria orgânica.

Rui ferreira de Almeida

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Oi Rui,

A tua exposição mereceu a minha maior atenção.

Um dos méritos de um forum, como este, é podermos partilhar as nossas experiências pessoais, sejam elas boas ou más. Podermos aprender com o sucesso dos outros mas também podemos aprender, e de que maneira, com os seus erros.

Permita-me o pessoal do forum que lhe subtraia um pouco do seu tempo e exponha, um pouquinho, da minha experiência pessoal.

Poucas análises faço à água do meu aquário, à excepção de quando os corais me parecem não estarem bem ou quando noto que algo vai mal no tanque. Desde há cerca de 10 anos, ininterruptos, de vício em aquariofilia de recife, tenho por hábito tomar notas, em quadros próprios que criei, registando o maior numero de parâmetros do sistema de suporte de vida dos aquários e os resultados das análises à água que vou fazendo, relativos à densidade, pH, nitratos, fosfatos, alcalinidade, teores de cálcio e de magnésio. Neste mesmo quadro assinalo sempre, também, as alterações efectuadas nos aquários, como a adição ou retirada de equipamentos, mudança de filtros da osmose, de lâmpadas, TPA’s, uso de aditivos, introdução de toda a bicheza, rocha, substrato, aspecto dos corais, ou seja, assinalo todas as ocorrências, mesmo as aparentemente mais irrelevantes (por isso o arquivo já vai volumoso...). Desta forma tenho o historial do aquário, o qual me permite avaliar a sua evolução ao longo do tempo.

Consultando os registos, verifico a aparição de vestígios de cianobactérias no aquário de SPS, no dia 3 de Fevereiro de 1998, e que fiz um tratamento com anti-red no dia 20 de Março de 1998. Está registado que desde finais do ano anterior, ou seja, do ano de1997, os resultados das análises da água se encontravam todos dentro dos limites normais, à excepção do fosfato que, por sinal, era elevado, com concentrações entre os 0.010 e 0.020 mg/l (teste “high range” - pouco preciso). Recordo-me de que, antes de aplicar o anti-red, tive o cuidado de ler o respectivo folheto, o qual mencionava que o produto era inofensivo para os peixes, corais e colónia de bactérias. Fiquei, convenhamos, descansado (sempre era um produto da Aqua Medic...) Desliguei o escumador, conforme mandavam as instruções, e dei início ao respectivo tratamento. As cianobactérias foram eliminadas. Com receio de ter exterminado a colónia de bactérias do aquário passei a medir, quase diariamente, os nitritos. Tenho registos sempre nulos dos nitritos nas três semanas subsequentes ao tratamento.

Ainda de acordo com os registos, tenho também no dia 23 de Agosto de 1998, após regressar de férias, a anotação de vestígios de cianobactérias no mesmo aquário de SPS. Nas minhas três semanas de férias, os peixes apenas comeram o que encontraram no aquário (antes de partir de férias alimentei-os, como sempre, com moderação). No mesmo dia fiz as análises à água, e tal como da outra vez, pasme-se, o único parâmetro que insistia em manter-se elevado era o fosfato, com valores de 0.15 mg/l (medido desta vez com testes low range - mais precisos). Procedi como da primeira infestação, ou seja, apliquei o tratamento com anti-red e as cianos, para espanto meu, não desapareceram completamente! Repeti a dose dois dias depois e então, aí sim, eliminei-as por completo. Controlei os nitritos. Nas minhas notas não tenho registos de quaisquer picos de nitritos nas semanas seguintes ao tratamento.

A partir da segunda infestação passei a controlar os fosfatos no aquário, e a limitar a sua acumulação, não permitindo que ultrapassasse os 0.07 mg/l (quando obtenho teores de 0.10 mg/l, ou mais elevados, tomo medidas imediatas para os baixar para os 0.07mg/l).

Da retrospectiva feita, concluo o seguinte:

1 - O anti-red, se usado conforme as instruções para infestações incipientes, não prejudica, de todo, as bactérias do aquário, nem causa nenhum dano aos corais, peixes e restante bicheza (se o anti-red é efectivamente um composto tendo como princípio activo eritromicina, como actuará selectivamente sem prejudicar a fauna do aquário? Será que contém uma baixa concentração do antibiótico? (Que expliquem os senhores da Aqua Medic...já que o folheto é omisso quanto a esta questão).

2 – Não tenho dúvidas de que os compostos orgânicos sejam um dos alimentos das cianobactérias (também vem referido nos livros de inúmeros autores como Sprung, Fossa, etc. e nos "canhanhos" da biologia dos microorganismos), mas também não tenho dúvidas de que, os fosfatos contribuem para o seu regresso ao aquário.

3 – Não me parece que a aparição das cianobactérias se tenha devido à acumulação de matéria orgânica no aquário, por três ordens de razões: 1)- Sempre dei muitíssimo pouco de comer aos peixes (comem mais o que há no aquário e o que lhes vem dos refúgios); 2) - Não tenho registos de ter perdido algum animal antes das infestações, que pudessem poluir o aquário; 3) - Na altura das infestações já usava o escumador que tenho hoje, o qual não permite, de forma alguma, a acumulação de matéria orgânica dissolvida na água (a acumulação de matéria orgânica em partículas, na decoração do aquário também não se podia dar porque, já nessa altura, a movimentação da água já era bastante elevada, para satisfazer os SPS).

4 – A maior dificuldade em debelar a segunda infestação poderá ter-se devido à criação de resistências (convém ser rigoroso…) por parte das cianobactérias.

5 – É de grande utilidade anotar as condições do aquário e as nossas intervenções ao longo do tempo, o que nos permitirá proceder a análises de situações como esta.

Uff!! Já agora, a Aqua Medic que não se esqueça da minha comissãozinha…

Um abraço ao pessoal do forum,

Velidhu

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Viva,

 

benditos sejam os registos!!!

 

No que toca à minha experiência e com base nessas anotaçõesrefiro que as vezes que tive cianos deveram-se básicamente a:

1. excesso de carga orgânica associado a momentos de pouca limpeza nas bombas de circulação.

2. Realmente a fraca circulação nos tanques.

3. Utilização de agua de torneira.

4. execsso de nitratos.

 

Desde que tenha cuidado com a rotina das tpa's e bastante circulação com medidas rigidas de alimentação nunca aparecem.

Sérgio Dantas

Abraços

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Mais uma vez desta interessante discusão é a dificuldade de quantificar as coisas, ou seja :

Quanto de Eritromicina é necessário para matar 50 % do filtro biológico ?

A partir de que percentagem de morte do filtro biologico é que aparecem amonia e nitritos ?50%? 60% ?80 % ?

Qual era a quantidade de bacterias de que partimos ?

Se eu colocar x ml/l de Anti-red num aquário com 10 anos com 20% do volume em rocha viva é necessariamente diferente do que a mesma quantidade num aquário com 6 meses com 10% do volume de rocha viva( portanto com uma quantidade de bacterias do filtro biologico por unidade de superficie muito menor).

Logo o Anti-red pode ser seguro num aquário e catastrofico noutro.

Não existem testes seguros e acessiveis para medir a quantidade de materia organica (MO)num aquário. Logo se tivermos fosfatos elevados e não conseguirmos medir a quantidade de MO como é que podemos responsabilizar os fosfatos pelo aparecimento de cianobacterias ?

Pela minha experiência, o que tenho verificado é que o aparecimento episódico de cianobacterias em aquarios estabelecidos, se for muito localizado em certas zonas do aquário é porque a circulação nessa zonas é deficiente ( o escumador pode ser excelente mas se a materia organica não for transportada até ele ,não a poderá remover ) . Quando o problema é generalizado em todas as zonas do áquário ,então teremos provavelmente um escumador insuficiente para o volume de água /quant. de peixes e corais/ quant. de alimento presentes e/ou não faremos TPA suficientes .

Por vezes basta um peixe morrer num canto do aquário ,e não ser removido , para aí se formar um pequeno tapete de cianobacterias.

Claro que sendo bacterias com pigmentos fotossintéticos a qualidade e quantidade da iluminação influenciará o seu crescimento na presença de matéria orgânica( lâmpadas velhas com alterações de espectro podem " favorecer a fotossíntese das cianobacterias, se houver MO presente ) .

Os unicos "bichos" que comem cianobacterias ,curiosamente , são peixes anjo geralmente do genero Centropyge.

Rui

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Caro Rui, tudo bem consigo?

Tenho andado um pouco ocupado e daí só agora o neu regresso ao forum. Tenho andado a vender o anti red... mas o negócio vai mal...é a crise!

Mais uma vez desta interessante discusão é a dificuldade de quantificar as coisas, ou seja :

Quanto de Eritromicina é necessário para matar 50 % do filtro biológico ?

A partir de que percentagem de morte do filtro biologico é que aparecem amonia e nitritos ?50%? 60% ?80 % ?

Qual era a quantidade de bacterias de que partimos ?

A quantidade de bactérias existentes num aquário parece-me facil de avaliar, em termos relativos, obviamente, pois a sua população corresponde à carga orgânica normal do mesmo. A maior parte da colónia de bactérias nitrificantes desenvolve-se na fase de maturação do aquário, o que demora cerca de duas a três semanas, e irá aumentando, lentamente, à medida que formos introduzindo novos peixes no aquário, corais, invertebrados, etc. As bactérias vão-se multiplicando e, uma vez atingido o equilíbrio biológico, a prol mantém-se estável no aquário, enquanto a carga orgânica não sofrer oscilações significativas. Enquanto não é atingido o equilíbrio biológico, dá-se a subida de amónia, amoníacos e nitritos na coluna de água. Os restos de comida, organismos mortos, amónia, amoníaco, e outros resíduos metabólicos dos seres vivos, contribuem para a carga orgânica do aquário. Num aquário em condições estáveis não podem existir bactérias nitrificantes em excesso, ou em “stand by”, se me permite a expressão. Poderá verificar-se um excesso de bactérias no aquário se reduzirmos drasticamente a carga orgânica do mesmo, mas esta situação não se prolongará por muito tempo porque, de imediato, parte da colónia irá morrer, ajustando-se a sua população à nova realidade. O mesmo se passa relativamente às bactérias desnitrificantes, as quais, também se vão adaptando, lenta e permanentemente, ao alimento disponível (nitrato), produzido pelas bactérias nitrificantes.

Se eu colocar x ml/l de Anti-red num aquário com 10 anos com 20% do volume em rocha viva é necessariamente diferente do que a mesma quantidade num aquário com 6 meses com 10% do volume de rocha viva( portanto com uma quantidade de bacterias do filtro biologico por unidade de superficie muito menor).

Logo o Anti-red pode ser seguro num aquário e catastrofico noutro.

Não concordo com a ideia de que a colónia de bactérias nitrificantes de um aquário possa ser maior, ou menor, só porque o aquário tem 6 meses, cinco ou dez anos de vida e/ou tem 10 ou 20% de volume de rocha viva. A meu ver são três as condições que definem a dimensão da colónia de bactérias nitrificantes: o suporte disponível para as bactérias se fixarem (rocha viva, substrato, massas de filtros biológicos, "fluid beds", etc. «a denitrificação não se dá, normalmente, na coluna de água»), o oxigénio e o alimento ... e algum tempo, obviamente, para elas se desenvolverem. Existindo suporte para as bactérias se fixarem e não havendo oxigénio ou alimento disponíveis não há bactérias aeróbicas (decorra o tempo que decorrer). Tô certo ou tô errado?

Falta dizer que a temperatura e o pH contribuem para uma maior ou menor eficiência das bactérias para fazerem o seu trabalho...

Desculpe o alongamento da prosa.

 

Rui, um dia destes procuro-o para tomarmos uma cafezada. Já agora deixo-o com excertos de uma exposição sobre cianos, nas Conferencias Internacionais Sobre os Recifes de Coral (CIRCOP), realizadas há cerca de um ano, em Paris. Os autores dispensam apresentações.

 

Um abraço para si

Saudações ao pessoal do forum

Velidhu

 

    BIBLIOGRAPHIE, GRANDS PRINCIPES,

    EXPÉRIENCES VECUES ET ARTICLES DIVERS

     

    La Peste Rouge : Cyanobactéries

    Version 1.0 du 25/03/99

    Par Fabrice POIRAUD-LAMBERT, avec l'aide de C. SOLER & J.C. DELBEEK.

     

    Parmi les problèmes d'algues qui perturbent les aquariums, les plus connus sont les Dinoflagellées, les algues filamenteuses, la Bryopsis, les algues bulles (Valonia) ...et les Cyanobactéries. Assez curieusement, il y a relativement peu d'information sur ces algues, qui ne font souvent l'objet que de courts paragraphes dans nos livres, laissant parfois l'amateur sur sa faim.

    Voici donc un peu plus d'information sur les Cyanobactéries.

    Ces algues peuvent se classifier dans deux groupes : celles qui produisent des bulles d'oxygène et qui ont un aspect gluant, et celles surnommées "Peste Rouge". Les premières apparaissent souvent lors des phases de démarrage et disparaissent assez vite. Les deuxièmes, sans bulles, beaucoup plus difficiles à vaincre et beaucoup plus agressives vis-à-vis des invertébrés, apparaissent souvent dans les aquariums établis de longue date. L'accumulation de sédiments difficiles à atteindre est probablement l'une des principales causes.

    Contrairement à ce que laisse supposer le surnom d'algues "d'eau propre", les Cyanobactéries apparaissent généralement lorsque l'eau de l'aquarium est riche en composés organiques dissous, et plus particulièrement en composés azotés, l'algue se nourrissant principalement d'azote.

    Ce n'est pas pour autant que l'eau est propre, mais simplement que nos tests ne mesurent pas ce qui est à la source de leur alimentation : Phosphates organiques, Composés organiques dissous (Ammonium,..). Une baisse du potentiel Redox peut être un indicateur.

    Les Cyanobactéries peuvent être difficiles à supprimer, car elles tirent profit de l'azote atmosphérique dissout dans l'eau, de l'azote résultant du cycle de l'azote de l'aquarium, et de l'azote et des Phosphates contenus dans les sédiments.

    Pour les adeptes des solutions (partielles !) naturelles, les escargots, Bernard l'ermites et les poissons herbivores peuvent aider à limiter la progression des Cyanobactéries. Cela ne fonctionne cependant pas toujours...[/=]

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    Viva Velidhu

    Antes de mais nada é uma honra para mim estar a trocar opiniões com uma pessoa ,que para quem não saiba, tem um dos aquários de recife mais espetaculares que eu já vi e que tem uma experiência acumulada e uma actualização de conhecimentos dificeis de igualar.

    Quanto ao desenvolvimento e manutenção das bacterias aerobias concordo com tudo o que disse ,isto é :suporte para se fixarem , nutrientes ( amonia e nitritos),oxigénio e...tempo para se establecerem.A adição de medicamentos ( exceptuando o azul de metileno e o permanganato de potassio em dose elevadas e repetidas ) nunca estereliza em termos de filtro biologico um aquário ,mas seguramento provoca-lhe baixas que podem ou não ter como resultado picos de amonia e nitritos.O que eu queria dizer é que é de facto complicado quantificar quando discutimos aquariofilia . É claro que o anti-red nas doses recomendadas e em aquarios establecidos não provoca quaquer dano visível .Eu também o vendo em certas condições ou seja quando o aquariofilista que o usa é experiente e quando não conseguimos identificar a causa do surto repentino.

    Lendo o texto que teve a amabilidade de disponibilizar confirmamos 2 coisas muito importantes:

    - alimentam-se de azoto da materia organica ( referem os fosfatos na sua forma orgânica ).Eu penso que se tivermos fosfatos abundantes crescerão predominantemente algas filamentosas verdes( são mais competitivas ) ,se a corrente for forte e a luz adequada .

    - acusam os sedimentos na forma mais chata de erradicar e em acuários establecidos ,o que prova que a acumulação de sedimentos nesses locais denuncia uma circulação deficiente ou uma má concepção da forma e ou decoração do aquário .

    Aliás é interessante verificar que , por exemplo, as recidivas constantes de Cryptocarion em aquários , se deve tambem à acumulação deste tipo de sedimentos que agem como esconderijos dos oocistos destes parasitas. Como me disse um Veterinário inglês que só trabalha em peixes ,por vezes é preferível ,redecorar o aquário de forma a evitar espaços mortos do que tentar tratar a doença .

    Um abraço

    Rui

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    Caro Rui,

    Peço desculpa por só agora voltar ao forum.

    Fiquei um pouco “sem jeito”, como dizem os nossos “compatriotas brasileiros”, com as suas referências públicas a meu respeito. Tenho, efectivamente, alguma experiência acumulada, aquários que já passaram por fases boas e menos boas, mas quanto à questão da actualização de conhecimentos difícil de igualar, penso não merecer semelhante elogio. Fico-lhe grato pela sua simpatia.

    Pode soar a troca de galhardetes escrever, nesta altura, o quer que seja a seu respeito (nem o Rui precisa que eu o faça). É pública a sua reconhecida competência no que se refere à aquariofilia, tanto na água doce como na salgada.

    Quanto aos seus comentários com base na exposição do POIRAUD-LAMBERT, estou plenamente de acordo consigo.

    Um abraço

    Saudações ao pessoal do forum

    Velidhu

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    • 3 meses depois...
    • 3 meses depois...